"Custos foram significativamente impactados", diz presidente do Sindiônibus sobre aumento dos preços dos combustíveis

Das 11 empresas que operam na Capital, duas já estão em recuperação judicial

O reajuste da Petrobras nos valores dos combustíveis gerou um impacto significativo nos custos dos ônibus na Capital cearense. Segundo o presidente do Sindiônibus Ceará, o diesel é o maior dos insumos da empresa e já subiu quase 30% em 2022. “Esse é um problema nacional. Todas as grandes cidades precisarão encontrar meios para garantir a continuidade do serviço, pois não é possível absorver uma alta dessa magnitude”, afirma.

Para ele, esta alta do diesel de 24,9% é um “fato totalmente extraordinário que exigirá revisões extraordinárias para garantir o equilíbrio financeiro dos contratos”. Duas das 11 empresas que operam o transporte coletivo em Fortaleza já encontram-se em recuperação judicial, e as outras seguem administrando o caixa com bastante dificuldade, “sacrificando-se para garantir a continuidade do serviço, mas com tremenda insegurança”, complementa Dimas.

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A participação do Sindiônibus no consumo nacional de diesel é de 6%, e ele diz que se não for possível criar uma política que atenda todos os consumidores de combustíveis, deve-se ao menos definir “prioridades”. “Se a gasolina passa a impedir que uma pessoa utilize seu carro com frequência, essa contará com o transporte público, que precisa estar disponível. A União é proprietária de mais de um terço das ações da Petrobras. Sem fazer conta, arrisco-me a afirmar que há recursos de sobra para se cuidar, pelo menos, das prioridades”, diz.

Dimas destaca ainda que o serviço que prestam é “essencial” e somente operado por concessionárias privadas. “Não é um mercado para livre exploração. É parte da infraestrutura das cidades e tem objetivos de prezar pela universidade, buscando sempre tarifas módicas, garantir direitos estabelecidos a classes beneficiárias, atender bairros que muitas vezes não viabilizam financeiramente o serviço, integrações gratuitas etc.”, avalia.

Ele fala que caso os ônibus parem, “há desatendimento, humilhação e exclusão de quem não consegue utilizar meios individuais, além do impacto incalculável no funcionamento da economia”.

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