Comércio de rua de Fortaleza estima perdas de 5% no feriado de Tiradentes

Para o presidente da CDL de Fortaleza, o lockdown aos fins de semana agrava a situação do varejo

O comércio de rua vai fechar nesta quarta-feira, 21, e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza já estima perdas de 5% no faturamento somente com o feriado de Tiradentes, além de prever demissões após a retomada com estabelecimentos fechados no fim de semana.

Conforme o decreto do Governo do Estado, as lojas de rua do Centro de Fortaleza podem abrir das 10 às 16h, de segunda-feira a sexta-feira, mas devem fechar aos sábados e domingos, quando vigora o isolamento social rígido.

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“Alguns lojistas, especialmente do Centro de Fortaleza, que tem três empregados, estão demitindo um ou até dois, porque não estão suportando pagar a folha na íntegra como se tivesse funcionando normalmente. Outros maiores estão aguentando, mas também já pensam nos cortes. Então, precisamos encontrar uma solução para que as lojas abram todos os dias e, ao mesmo tempo, possamos controlar as aglomerações atendendo à saúde pública”, diz Assis Cavalcante, presidente da CDL de Fortaleza.

Ele avalia que o comércio acumula perdas desde o fim do ano passado, com a redução do auxílio emergencial. Além disso, Assis afirma que os prejuízos foram aprofundados durante o lockdown na Capital, que durou de 5 de março a 11 de abril de 2021.

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Para estimar as perdas, a CDL de Fortaleza se baseia em indicadores que mostram essa tendência, como o índice de vendas no varejo da Getnet, que registrou retração de 5,6% na comparação mensal e de 17,8% em relação a igual período de 2020, segundo dados da primeira quinzena do mês de março, levando em conta todo o país e quando o Ceará estava em lockdown. É o maior recuo anual desde os 22,5% registrados em abril do ano passado.

Também avaliou dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a fevereiro de 2021, mês em que o Ceará ainda não estava em isolamento social rígido. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas do varejo recuaram 6,1% no Ceará.

“O cenário é bem ruim. Ainda estamos contabilizando as perdas de março e estamos em um mês de abril ainda sob o efeito do lockdown que contaminou a economia. Os próximos meses serão desafiadores e precisamos urgentemente de um entendimento para quem sabe tenhamos um bom Dia das Mães”, complementa Assis.

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