Ceará fecha 2020 com 549 mil pessoas desempregadas e registra pior índice em oito anos

Estado foi uma das vinte unidades federativas que registraram recorde de desemprego em 2020, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10

O Ceará foi uma das vinte unidades federativas do País que registrou recorde de desemprego em 2020. Com 549 mil pessoas fora do mercado de trabalho no último trimestre de 2020, Estado registrou pior índice desde 2012, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10. No comparativo anual, a taxa média de desemprego atingiu 13,2% dos cearenses em idade apta ao trabalho.

Houve um aumento de 126 mil no número de pessoas sem emprego no quarto trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, a variação representa um aumento de 29,9% do número de desempregados, que no trimestre anterior era de 502 mil pessoas.

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Apresentando uma variação positiva de 6,3% entre os meses de julho, agosto, setembro e outubro, novembro e dezembro, o Ceará registrou a inserção de 192 mil pessoas em postos de trabalhos. A variação positiva, porém, não foi suficiente para reverter o cenário negativo, já que no comparativo com os mesmos períodos do ano passado, o número de cearenses que possuíam um vínculo empregatício no Estado reduziu em 503 mil pessoas.


A pesquisa pondera ainda que, da população em idade de trabalhar no Ceará- estimada em 7,6 milhões de pessoas -  menos da metade estava desenvolvendo alguma ocupação ao término do quarto trimestre do ano passado. No Estado, a média anual da população empregada ficou em 43,5%.

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O cenário cearense se apresenta como um reflexo do contexto nacional, no qual o índice de desemprego também atingiu números recordes. Conforme divulgado pelo IBGE ainda em fevereiro, em 2020, a taxa média anual de desemprego do Brasil atingiu 13,5%, a maior já registrada desde o início do monitoramento feito pelo órgão. 



No contexto regional, os índices mais elevados de desocupação foram registrados em estados do Nordeste, enquanto os menores, no Sul do País. A Bahia representa a unidade federativa mais atingida pelo crescimento do desemprego, com 19,8% das pessoas em idade apta ao trabalho desempregas. Na sequência aparecem Alagoas com 18,6% e Sergipe com 18,4%. 

Ao todo, doze estados apresentaram taxas de desemprego acima da média nacional de 13,5%. Apenas sete estados não registraram índices de desemprego recorde em 2020: Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, e Santa Catarina. 

Na análise específica do quarto trimestre do ano passado, a taxa nacional de desemprego apresentou tímida redução, saltando de 14,6% para 13,9%. Em nível estadual, porém, apenas cinco unidades federativas apresentaram redução: Minas Gerias, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão e Roraima. 

Os números, contudo, não apresentam um contexto positivo para 2021, conforme pondera a analista IBGE Adriana Beringuy. Ela afirma que a redução apresentada "não foi significativa estatisticamente" e expressa preocupação diante das taxas de desocupação registradas pelos estados, "números bem maiores do que era um ano atrás", afirma. O novo avanço da Covid-19 e a necessidade de medias sociais e econômicas mais restritivas para desacelerar o vírus e evitar um colapso nacional do sistema de saúde, podem agravar a situação. 

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