Comércio de rua será menos afetado que shoppings pelo novo decreto estadual, afirma presidente da CDL

Determinação do Governo do Estado reduziu o horário de funcionamento dos serviços não essenciais em Fortaleza para até as 20 horas. Assis Cavalcante apela para que o lojista respeite o horário de funcionamento, que os jovens se contenham, e todos usem máscaras e se higienizem com álcool em gel

Diante do retorno das medidas de isolamento social mais restritivas, serviços não essenciais somente poderão funcionar até as 20h em Fortaleza. O comércio varejista da Capital ainda está analisando o impacto no faturamento das lojas, mas acredita que os shoppings serão os mais afetados que o varejo de rua, segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Assis Cavalcante.

Em entrevista ao O POVO, ele disse que o momento requer cautela e teme que se um novo lockdown for implementado, demissões em grande escala possam ocorrer.

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“O comércio de rua, pelo decreto anterior, tinha autorização para ficar aberto até as 23h, mas nossas lojas fecham normalmente às 19h, no máximo, às 20h, então não seremos tão prejudicados nesse ponto, mas as lojas de shopping, principalmente as voltadas para o setor alimentício, deverão sentir um forte impacto”, analisou.

A perda no faturamento referente aos dias em que o comércio da Capital funcionará com maiores restrições ainda não pode ser calculada pela CDL, mas a entidade estima que cada 24h de funcionamento reduzido, chegue a 5% do faturamento mensal.

O cenário é preocupante, conforme analisa Assis, tendo em vista que, segundo estimativas da CDL, o comércio varejista de Fortaleza está com uma redução acumulada entre 20% e 30% por conta do primeiro lockdown implementado ainda em 2020 durante o agravamento da disseminação da Covid-19 na Cidade.

Para este primeiro momento, Assis frisou que ainda não há previsão de demissões no setor, mas que caso o período da redução do horário das lojas seja prorrogado, ou as medidas de isolamento se tornem mais restritivas, é provável que postos de trabalho sejam reduzidos pelas empresas. “Infelizmente, o lojista ficará sem alternativa, não queremos chegar a isso, mas este será o único caminho”.

O vencimento de empréstimos feitos para assegurar a continuidade dos negócios em 2020, bem como a diminuição do consumo gerado pelo fim do auxílio emergencial também são fatores que preocupam os lojistas. O presidente da CDL disse que o setor ainda está “longe de se recuperar dos impactos de 2020” e expressou insegurança diante do cenário de 2021 caso a vacinação não seja acelerada.

Assis ponderou que é necessária a união de todos e definiu como uma “responsabilidade coletiva” o enfrentamento à pandemia. Ele comenta que o setor está se dedicando ao máximo no cumprimento das medidas de prevenção, e que apoia as decisões do governo que buscam evitar um colapso do sistema de saúde e prevenir mortes, mas que o setor produtivo também precisa de ajuda.

Eu faço um apelo ao lojista, que respeite o horário de funcionamento, aos jovens que se contenham, que todos usem máscaras e se higienizem com álcool em gel, são nossas únicas armas enquanto esperamos a vacinação. Apelo para que se esses 15 dias não reduzirem a disseminação da doença e tivermos que fechar tudo novamente, eu não sei como iremos nos reerguer”, disse.

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