Barracas da Praia do Futuro projetam redução de 75% no faturamento e demissões

Análise dos impactos das medidas restritivas mais intensas para os empreendimentos do local repassada ao O POVO pela presidente da associação de empresários do local

Associação de Empresários da Praia do Futuro (Aepf) projeta um cenário preocupante diante da redução dos horários para serviços de alimentação fora do lar implementada por 15 dias em Fortaleza. Medida entrou em vigor nesta quarta-feira, 3, por meio do mais recente decreto estadual, divulgado na terça, 2, e deve gerar uma redução de 75% no faturamento das barracas da Praia do Futuro.

O decreto determina que serviços não essenciais sejam proibidos de funcionar após as 20h e que bares, barracas de praia e restaurantes, assim como praças de alimentação em shopping. No sábado e domingo, os serviços de alimentação fora do lar devem encerrar suas atividades às 15h.

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A medida busca desacelerar a propagação da Covid-19, mas irá atingir fortemente o ramo de bares e restaurantes. A presidente da Aepf, Fátima Queiroz, pontua que “os melhores momentos de faturamento”. Ela argumenta que com a redução de horário, a frequência dos clientes deverá reduzir consideravelmente, tendo em vista que o novo período de funcionamento inviabiliza a tradicional quinta do caranguejo e reduz os atrativos das barracas de praia durante o fim de semana.

A abertura durante o período de restrições de horário de estabelecimentos que concentram suas atividades no período noturno é “totalmente inviável”, conforme analisa Fátima. “Com toda certeza haverá redução de quadro de pessoal e demissões, porque não teremos como manter os custos de uma operação normal, com tantas restrições de funcionamento”, completou.

Os donos de empreendimentos na Praia do Futuro temem uma prorrogação das medidas mais restritivas, e principalmente, a implementação de um novo lockdown. Fátima detalha que o sentimento de incerteza da continuidade das atividades das barras de praia da região aumenta pelo fato de que muitos empreendedores ainda não conseguiram estabilizar as finanças afetadas pelas restrições vividas em 2020.

“Fechar novamente será decretar falência, desemprego, fome e marginalidade”, afirmou, pontuando que alguns donos de barraca na Praia do Futuro já sinalizaram estar estudando a viabilidade de se manterem abertos com avanço das medidas de isolamento social após um novo avanço da Covid-19 na Capital.

O cenário se agrava diante da ausência do Carnaval, já que, conforme foi definido em acordo entre o governo do Estado e o setor do comércio varejista, o período não contará com feriados. Ação que busca conceder uma maior quantidade de dias para o setor de vendas, funciona na contramão dos interesses do setor alimentício, conforme pontuou Fátima.

Ela afirma que os donos de barracas de praia já estavam tentando se adequar às limitações geradas pela ausência de tal época de grande faturamento para o setor, e que agora precisarão reorganizar totalmente seus planejamentos. Diante das opções aos empresários, ela voltou a frisar que postos de trabalho serão cortados. 

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