Gato de cientista ajuda na descoberta de novo vírus pela 2ª vez

Gato de cientista ajuda na descoberta de novo vírus pela 2ª vez

O felino já havia auxiliado seu dono em 2024, quando capturou um rato com o primeiro ‘jeilongvirus’ encontrado nos Estados Unidos

Quase um ano após ajudar o virologista John Lednicky, da Faculdade de Saúde Pública e Profissões de Saúde da Universidade da Flórida, a identificar o primeiro ‘jeilongvirus’ nos Estados Unidos, o gato Pepper contribuiu para mais uma identificação em julho de 2025.

A descoberta aconteceu após o felino capturar um musaranho-de-cauda-curta e levá-lo para o dono. Ao estudar a presa em seu laboratório, os testes de Lednicky revelaram que o musaranho tinha uma cepa de orthoreovirus até então não-identificada.

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O estudo faz parte do trabalho contínuo do profissional para compreender a transmissão do vírus da varíola do veado-mula. “O ponto principal é que precisamos prestar atenção aos orthoreovirus e saber como detectá-los rapidamente”, disse Lednicky.

Em outubro de 2024, o gato Pepper também havia ajudado na descoberta de outro vírus, quando depositou no carpete do dono um rato morto. Ao estudá-lo, o professor e sua equipe perceberam que o roedor abrigava um ‘jeilongvirus’, anteriormente encontrado na África, Ásia, Europa e América do Sul.

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As sequências completas de codificação genômica para o vírus identificado no musaranho, que os estudiosos da Universidade da Flórida chamaram de “Gainesville shrew mammalian Orthoreovirus type 3 strain UF-1”, foram publicadas no periódico Microbiology Resource Announcements.

Em informe, a autora principal do artigo, Emily DeRuyter, doutoranda da universidade, destacou que “existem muitos orthoreovirus de mamíferos diferentes e não se sabe o suficiente sobre este vírus recentemente identificado para causar preocupação”.

Lednicky e os colegas isolaram o primeiro orthoreovirus encontrado em um cervo em 2019. Os genes dessa cepa eram quase idênticos aos de um orthoreovirus encontrado em visons de criação na China e em um leão mortalmente doente no Japão.

Sobre o estado de saúde de Pepper, que já capturou duas presas importantes para os estudos do dono, a Universidade da Flórida afirma que o felino “não demonstrou nenhum sinal de doença em suas aventuras ao ar livre”. Além disso, “provavelmente continuará contribuindo para a descoberta científica por meio da coleta de espécimes”.

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