Profecia do Apocalipse 13 e eleição do papa Leão XIV: entenda a suposta relação
Com menções ao "anticristo", conspiracionistas apontam trecho do último livro da Bíblia que afirma, em seu 13º capítulo: a besta tem "boca como a de leão"
Nessa quinta-feira, 8, Robert Francis Prevost foi eleito papa, adotando o nome de Leão XIV. Nascido nos Estados Unidos, Prevost tem uma longa trajetória na Igreja Católica, incluindo sua atuação como missionário no Peru e como cardeal no Vaticano.
Sua escolha como santo padre, especialmente com o nome Leão XIV, gerou discussões nas redes sociais, com algumas pessoas associando sua eleição a interpretações do Apocalipse 13.
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Após o anúncio da eleição, internautas fizeram diversas menções ao último livro da bíblia. Postagens apontam o cumprimento das profecias.
O que diz Apocalipse 13?
O capítulo 13 do livro do Apocalipse, escrito por João no século I, descreve duas bestas: uma que emerge do mar e outra da terra. A primeira besta é geralmente associada ao poder político, enquanto a segunda representaria o poder religioso.
O versículo 11 menciona que a besta da terra tem "boca como a de leão", o que tem sido interpretado por alguns como uma referência ao Anticristo.
Além disso, é neste trecho bíblico que o número 666 é citado como "o número da besta", frequentemente associado a interpretações misteriosas.
A passagem diz: “Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é 666”.
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Interpretações e reações nas redes sociais
Após o anúncio da eleição, diversas menções ao Apocalipse 13 surgiram nas redes sociais. Alguns internautas associaram o nome "Leão XIV" à referência da besta com "boca de leão", enquanto outros destacaram o fato de Prevost ser norte-americano, ligando-o à besta que emerge da terra.
"O primeiro era como leão e tinha asas de águia´; o papa se chama leão e a águia é o símbolo dos EUA; é a descrição da primeira besta do apocalipse.", escreveu um internauta no X.
Essas interpretações refletem uma leitura simbólica e apocalíptica do texto bíblico, a qual nem sempre é aceita por estudiosos e líderes religiosos.
Historicamente, desde a Reforma Protestante, o papa já foi associado algumas vezes ao conceito do “anticristo” ou como o falso profeta por muitos não católicos.
Para os conspiracionista, os EUA entram na história pelas narrativas de filmes e obras de pessoas que tentam sobreviver ao fim do mundo. Dado a isso, alguns mencionam que quando ambas as figuras, do mar e da terra, se unem, aconteceria o fim dos tempos.
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Análise crítica das interpretações
Especialistas em teologia e estudos bíblicos alertam para a necessidade de cautela ao interpretar textos apocalípticos.
O pastor batista Kenner Terra, por exemplo, considera essas associações como "invencionices" que podem ser "perversas, perigosas e alienadoras".
Ele enfatiza que o Apocalipse 13 foi escrito em um contexto histórico específico e que suas mensagens devem ser compreendidas dentro desse contexto.
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