Orquestra transforma vegetais em instrumentos musicais e quebra recorde
O grupo austríaco já fez 344 shows utilizando os vegetais para compor os sons nas apresentações; saiba mais sobre o recorde alcançado
Qual o som produzido por um alface? E uma berinjela? Desde 1998, uma orquestra em Viena, na Áustria, iniciou as suas atividades para descobrir a resposta. Intitulado Vegetable Orchestra, o grupo adapta os vegetais em instrumentos musicais.
Os 11 músicos fizeram concertos no mundo inteiro e alcançaram um recorde peculiar, com 344 apresentações: o de mais shows por uma orquestra de vegetais. O feito foi compartilhado no portal oficial do Guinness World Records na quarta-feira, 5.
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De acordo com os recordistas, parte dos vegetais que sobram após a preparação dos instrumentos vai para uma sopa de legumes, servida ao público ao final do concerto. O restante pode ser dado à plateia, enquanto outra parte segue para o lixo orgânico.
“Acreditamos que podemos produzir sons que não podem ser (facilmente) produzidos por outros instrumentos. Você pode ouvir a diferença. Às vezes soa como animais, às vezes apenas como sons abstratos”, revela o grupo em seu site.
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Orquestra transforma vegetais em instrumentos musicais: como funciona?
Um dos questionamentos levantados pela audiência está relacionado com a presença exclusiva de vegetais para a formação dos sons. A orquestra explica: “Há muita confusão sobre essas definições. O conceito é baseado no termo alemão ‘gemuese’, que é um pouco diferente da palavra inglesa vegetable”.
Por isso, é possível adaptar vegetais que também são frutas como, por exemplo, o tomate e a berinjela. “Descobrimos que a conotação do termo específico ‘vegetal’ é frequentemente determinada pelos hábitos de cozinhar e comer. Isso varia de cultura para cultura”, acrescenta.
A qualidade do som depende de como os instrumentos vegetais serão utilizados pelos músicos. “É difícil tocar em vegetais estragados ou não frescos, pois eles não são confiáveis. Você não pode tocar em um pepino podre ou em uma abóbora pequena”, indica a orquestra.
“Se um instrumento quebra antes ou durante um solo, por exemplo, geralmente é por causa de um vegetal de baixa qualidade”, diz.
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Orquestra transforma vegetais em instrumentos musicais: qual o motivo da escolha?
Na divisão de “perguntas e respostas” em seu site oficial, a Vegetable Orchestra revela a inspiração que motivou a escolha dos vegetais como figuras centrais em suas apresentações.
“O que é bom sobre vegetais é que você também pode sentir o cheiro e o gosto deles. Eles têm tantas cores e formatos diferentes e você pode encontrá-los em qualquer lugar... Embora haja diferenças locais, é claro”, afirma.
Para a criação dos instrumentos, a qualidade dos vegetais continua um passo importante. “Outro problema é que os instrumentos mudam seu som depois de algum tempo no palco (quando secam por causa do calor das luzes)”.
A orquestra explica que “a maioria dos vegetais precisa ser fresco”, como o violino do grupo, feito de alho-poró. Por outro lado, caso decidam produzir uma baqueta a partir de uma cenoura, é preciso que esta seja “a maior possível”.
E uma flauta de cenoura? Para isso, o grupo requer um “tamanho médio e uma estrutura fina”.
“Você pode fazer música de quase tudo, cada coisa contém uma qualidade acústica muito específica e representa um universo sonoro intrincado. Cada coisa pode ser uma ferramenta para abrir esse ponto de vista”, finaliza.
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