Sexta-feira Santa: entenda as tradições do feriado nacional

A data muda anualmente e busca relembrar os eventos que levaram à crucificação e morte de Jesus Cristo na tradição cristã; entenda origem da sexta-feira santa

A crucificação e morte de Jesus Cristo no monte do Calvário são representados na tradição da Sexta-Feira Santa. O dia é reconhecido no calendário cristão como parte de uma semana que celebra a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Começando no Domingo de Ramos, a Semana Santa se estende até a ressurreição de Cristo, no domingo. Esta é precedida pelo Tríduo Pascal, conjunto de três dias compostos pela Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira da Paixão e Sábado de Aleluia.

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Mas como a Sexta-Feira Santa é comemorada e qual o seu diferencial? Confira a seguir.

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Quando é a Sexta-feira Santa?

A data da Sexta-Feira Santa sofre alterações anualmente, ou seja, é uma data móvel. Na prática, as mudanças ocorrem por determinação da Igreja Católica Apostólica Romana, que acerta o dia de acordo com a primeira lua cheia após o equinócio de primavera.

Em 2024, a Sexta-Feira Santa ocorre no dia 29 de março.

O que aconteceu na Sexta-feira da Paixão?

“A Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão, como é conhecida pela tradição da igreja, nos recorda um gesto supremo do amor de Deus pela humanidade: enfrentando a dor e o sofrimento, Jesus Cristo é levado à cruz”, explica o padre Bruno Moreira, vigário episcopal da região de São José.

Os cristãos acreditam, indica o padre Moreira, que, por meio de seu gesto, Jesus permite que o indivíduo se reconcilie com Deus e consigo mesmo. “Neste dia, a cruz é o símbolo central de toda a celebração da Sexta-feira Santa”, completa.

“É como se aquele acontecimento de 2 mil anos atrás a cada ano se renovasse. No sentido de celebrarmos e recordarmos”, destaca.

Sexta-feira da Paixão: entenda o significado

O termo “paixão” deriva do latim “passio”, que pode simbolizar “sofrimento”. A palavra é utilizada na teologia como forma de descrever o sacrifício de Jesus Cristo e sua execução na cruz.

“A Paixão, a morte de Jesus, não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação”, aponta o padre Bruno Moreira.

Sexta-feira Santa: o que não pode fazer?

Para os católicos, explica o padre Moreira, a Sexta-feira Santa se apresenta como um dia de silêncio, jejum e de oração, além da abstinência de carne. As práticas de caridade aos que precisam de ajuda também são bem-vindas durante o período.

Muitas pessoas substituem a carne pelo peixe, ao passo que outras podem optar pela abstinência total. O costume é previsto no cânon 1251 do Código de Direito Canônico, que defende: “Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano”.

A lei da abstinência é obrigatória aos fiéis que completaram 14 anos, enquanto a lei do jejum está sujeita a todos os maiores de idade até começarem os 70 anos.

Sexta-feira Santa é feriado?

A Sexta-Feira Santa é um feriado nacional estipulado pela Lei Federal nº 9.093/1995, mas o recesso não inclui a Quinta-Feira Santa, 28.

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