Abastecimento por carros-pipa é suspenso em Tauá por suspeita de fraude

Pipeiros cobram retorno imediato das atividades e recebimento dos pagamentos em atraso após terem trabalho suspenso por 60 dias

O município de Tauá teve a distribuição de água suspensa pelo Exército Brasileiro, responsável pela Operação Carro-Pipa, em face da existência de fortes indícios de fraudes na entrega de água. As informações são do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR). Conforme relatos de pipeiros, a paralisação teve início no dia 1º de junho e teria duração de 30 dias. No entanto, foi prorrogada por mais um mês, sem que a categoria fosse notificada.

Segundo o motorista de carro-pipa Francisco Genival, que atua no município, “o real motivo que possa vir a dar sustentação à paralisação não foi informado aos pipeiros de Tauá”. Por isso, a categoria reivindica às autoridades o “retorno imediato das atividades e o recebimento dos pagamentos em atraso”.

Para ele, além dos pipeiros serem prejudicados, a população também pode ser atingida. “O maior [problema] de todos, é a população ficar sem água. E os prestadores também impedidos de prestarem o serviço. Não houve posicionamento nem da razão exata da paralisação nem quando vai voltar. Além disso, não há previsão [para retorno das atividades], podendo ser prorrogado novamente”, afirma.

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Questionado sobre a situação, o Exército Brasileiro, por meio do Comando da 10ª Região Militar, informa que o serviço dos pipeiros para “o município de Tauá-CE encontra-se suspenso temporariamente por determinação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec)”.

Em nota, a Sedec, vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR), informa que “está em curso, determinado pelo Exército, um Inquérito Penal Militar (IPM) para apurar as suspeitas de fraudes e responsabilizar quem estiver envolvido”.

O IPM, conforme legislação vigente, tem prazo de 40 dias, que podem ser prorrogados por mais 20 dias. “Toda e qualquer informação sobre as fraudes será respondida ao final do processo, não sendo possível adiantar qualquer conclusão parcial sobre o ocorrido”, diz a nota.

Sobre os pagamentos, o MDR esclarece que “qualquer processo administrativo da Operação Carro-Pipa que envolva a cidade de Tauá está paralisado, visando preservar os agentes da administração e o erário. Portanto, os pagamentos de serviços que realmente foram prestados e comprovados na apuração deverão, após finalizado o IPM, ser liquidados”.

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