PMs são absolvidos de acusação de envolvimento na chacina de Quiterianópolis

Conforme a CGD, os agentes de segurança tiveram os processos arquivados por inexistência de provas suficientes para condenação

Quatro policiais militares que eram acusados de envolvimento na chacina de Quiterianópolis, município a 414 quilômetros de Fortaleza, foram absolvidos por inexistência de provas suficientes para condenação. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 1º de dezembro.

O crime aconteceu em outubro de 2020, quando cinco pessoas foram mortas a tiros por homens encapuzados.

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Após investigações, em dezembro daquele ano foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão e de prisão temporária em desfavor dos policiais militares: tenente Charles Jones Lemos Júnior, cabo Francisco Fabricío Paiva Lima, soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o sargento Cícero de Araújo Veras.

Os PMs tiveram as prisões relaxadas em junho de 2022, exceto o sargento Cícero de Araújo, que já havia sido colocado sob monitoramento eletrônico.  

Em junho de 2023, os agentes de segurança foram impronunciados por falta de provas. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) recorreu da decisão.

Com a absolvição, o processo contra os PMs também foi arquivado pela Controladoria Geral de Discliplina (CGD).  

O caso 

A chacina de Quiterinópolis foi registrada no dia 18 de junho de 2020, quando foram mortos a tiros José Renaique Rodrigues Andrade, de 31 anos, Irineu Simão do Nascimento, de 25 anos, Antônio Leonardo Oliveira, de 19 anos, Etivaldo Silva Gomes, de 23 anos, e Gionar Coelho Loiola, de 31 anos. Uma sexta vítima ficou ferida, mas sobreviveu.

Conforme as informações publicadas no DOE, o crime aconteceu em um imóvel na rua Manuel Veira, onde havia uma comemoração porque uma das vítimas teve sua tornozeleira eletrônica retirada. Homens encapuzados chegaram ao local e efetuaram disparos.

As investigações do caso foram realizadas pela Delegacia Regional de Tauá, Delegacia Municipal de Quiterianópolis, além do Departamento de Polícia Judiciária Interior Sul, Departamento de Inteligência Policial (DIP) e Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

As investigações apontaram que o sargento Cícero havia sido citado pelos investigados por ter conhecimento de que o irmão de uma das vítimas estava na cidade. A acusação apontava que ele teria passado a deslocar uma viatura policial, mesmo de folga, para mostrar onde ficava a casa, local onde estaria o alvo.

Outra testemunha afirmava que os criminosos chegaram em quatro veículos Fiat Mobi, cor prata ou cinza. E que todos portavam arma de fogo. Os policiais negaram participação na chacina.

Na época do relaxamento da prisão dos PMs, foram apontadas divergências no exame de comparação balística. também teria sido comprovado que a viatura policial estava em comboio com o veículo dos executores.

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