Justiça solta integrante do TCP suspeito de fechar terreiros e casas de aposta
Além de ameaçar comerciantes, o grupo seria adepto ao narcopentecostalismo
Um dos integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) apontado por ameaçar comerciantes e fechar terreiros de umbanda em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi solto em audiência de custódia realizada na terça-feira, 4.
A Justiça concedeu a liberdade provisória a Vandeir Alves da Silva, considerado pela Polícia o "matador" da facção e responsável pelo tráfico de drogas. A decisão da audiência de custódia foi obtida pelo O POVO.
Já os outros dois acusados, Jeferson Araújo de Lima e Gabriel Almeida da Silva tiveram as prisões convertidas em preventivas. A decisão foi do 7º Núcleo Regional de Custódia e das Garantias, com sede em Maracanaú.
Os três acusaram os policiais militares de violência afirmando que ficaram uma hora de joelhos durante o procedimento. Jeferson, que tem antecedente criminal, afirmou que tem asma e usa bombinha quando tem crises. Já Valdeir informou, durante a audiência, que trabalha na Ceasa vendendo frutas. Gabriel, por sua vez, confirmou ter antecedentes por tráfico de drogas.
O Terceiro Comando Puro (TCP) passou a atuar no Maracanaú após a fusão da facção com integrantes da Guardiões do Estado (GDE). Diante da expansão da facção criminosa Comando Vermelho (CV), que é oriunda do Rio de Janeiro, os grupos que pertenciam à GDE passaram a integrar o TCP.
A facção TCP é conhecida no Rio de Janeiro pelo narcopentecostalismo, a união entre o narcotráfico e a religião. Um movimento de traficantes de drogas que se dizem evangélicos e que fecham terreiros de umbanda. A prática de intolerância religiosa é feita por meio de ameaças e de expulsões contra pessoas que integram religiões de matriz africana.