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Vereadora é presa pela Polícia Civil suspeita de envolvimento na chacina de Ibaretama

Dois filhos da parlamentar foram presos anteriormente. Ainda não há informação sobre a motivação do crime que deixou sete pessoas mortas, inclusive uma criança, em Ibaretama, interior do Ceará

A Polícia Civil prendeu a vereadora eleita, para a Câmara Municipal de Ibaretama, Edivanda de Azevedo. Os mandados de prisão preventiva contra a mulher e o irmão dela, Edvan Lopes dos Santos Azevedo, além de Josenias Paiva de Andrade Lima, foram expedidos nesta sexta-feira, 18. Eles são suspeitos de envolvimento na chacina de Ibaretama, a 144 quilômetros de Fortaleza, que aconteceu no dia 26 de novembro deste ano. Na ocasião, sete pessoas foram mortas, inclusive uma criança. 

A vereadora foi presa na casa de parentes no Bairro de Fátima, em Fortaleza. A ordem judicial é das investigações da Delegacia Regional de Quixadá, que indiciou seis pessoas pela chacina. Edivanda não resistiu à prisão. A apurações demonstram a atuação da vereadora no papel de auxiliar os executores. Ela teria dado apoio logístico e material para que o crime acontecesse.

A Justiça havia acatado a denúncia do Ministério Público contra Francisco Victor Azevedo Lima e Kelvin Azevedo Lima, suspeitos de atuar no apoio da chacina. Eles foram presos anteriormente. Os dois são filhos da vereadora Edivanda. O sexto suspeito está foragido e é Wanderson Delfino Queiroz, conhecido como "Interior". Ele seria chefe da facção criminosa que é apontada como responsável pelas mortes e teria participação direta no caso.

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O POVO obteve a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) do dia 10 de dezembro, que era contra Francisco Victor Azevedo, Kelvin Azevedo Lima e Wandeson Delfino de Queiroz. O documento afirma que Victor e Kelvin prestaram auxílio material para que Wandeson, conhecido como Interior, praticasse o crime com outras pessoas.

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A testemunha sobrevivente afirmou em depoimento que todas as vítimas estavam na residência dela e, durante a madrugada, os indivíduos cercaram o local e bateram à porta dizendo ser da Polícia. Quando entraram na casa, os criminosos renderam as pessoas presentes e passaram a efetuar os tiros.

Durante a chacina, um dos tiros atingiu a criança Willian da Silva Rodrigues, de apenas seis anos de idade. Quando os agressores perceberam que o menino havia sido atingido, um deles gritou: "Sujou, Interior, o tiro pegou na criança". Nesse momento, a vítima sobrevivente fugiu com o menino, que já estava morto, em busca de ajuda.

Quando começaram as investigações, após as diligências, foi informado o nome de Kelvin, na participação do crime, dada à proximidade com Wandeson. A Polícia identificou mensagens de Kelvin com Victor, que é seu irmão. Nas conversas, eles combinavam entre si o suporte a ser dado ao grupo que participaria da chacina do dia 26, inclusive no sentido de entregar alimentação no esconderijo e conduzir os integrantes do banco à cidade de Ibaretama.

As investigações concluíram que Victor e Kelvin tiveram participação no evento criminoso com o fornecimento de água, comida, energia elétrica, o último item para facilitar o carregamento de celulares e uso de internet por wifi.

Na ocasião da denúncia do dia 10 de dezembro, Edvan Lopes dos Santos Azevedo e Edivanda de Azevedo constavam no documento como testemunhas.

O processo do caso está em segredo de Justiça e não há informações sobre a motivação do crime e nem as respectivas denúncias sobre a vereadora. O POVO noticiou, no dia 15 de dezembro, que seis pessoas foram indiciadas por envolvimento na chacina. Francisco Victor Azevedo, de 20 anos e Kelvin foram presos e tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas. A vereadora foi presa e o restante dos suspeitos segue foragido. 

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