Policial teria baleado mulher em reserva indígena ao ser confrontado sobre traições
O homem, policial militar, foi levado à delegacia e deu uma versão de que a vítima teria cometido tentativa de suicídio. O relato foi desmentido por testemunhas e ele foi preso em flagrante
A mulher de 26 anos vítima de tentativa de feminicídio dentro de uma reserva indígena na segunda-feira, 18, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), teria confrontado o companheiro após encontrar indícios de traição em troca de mensagens pelo WhatsApp.
Conforme familiares da vítima, que preferiram não se identifcar, a mulher havia atendido uma ligação no aparelho celular do marido e verificou que se tratava de uma voz feminina. Ela teria então encontrado conversas entre ele e outras mulheres, o que sinalizava traições.
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De acordo com o relato, ao confrontar o homem, ele teria passado a agredir a companheira e em seguida efetuou dois tiros contra ela, um deles perfurou o rosto da mulher. A ação teria acontecido na frente dos filhos da vítima.
A mulher buscou ajuda e foi socorrida por agentes da Funai, que a encaminharam ao Hospital Municipal de Caucaia. O homem seguiu em busca da vítima no hospital, mas ao chegar na unidade de saúde foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia de Caucaia, onde foi autuado por tentativa de feminicídio.
Conforme o familiar, o casal discutia constantemente. O homem, que é policial militar, já teria agredido a companheira. Os dois viviam em conflito, mas ele teria se recusado a sair da reserva indígena, alegando que o imóvel também o pertencia. A mulher era indígena, ele não.
Homem teria dado versão sobre tentativa de suicídio
Conforme apuração do O POVO, o policial chegou a dar uma versão na delegacia informando que a mulher tentou suicídio. De acordo com a familiar da mulher, a filha da vítima teria desmentido a versão do homem informando que a mãe foi baleada por ele.
A vítima foi atendida no hospital de Caucaia e transferida ao Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro, onde deve passar por cirurgia.
O POVO opta por preservar os nomes envolvidos por motivos de segurança.