Apontado como chefe de facção, Cilas "Mago" é condenado a 18 anos de prisão

Ele era apontado como maior chefe da facção Comando Vermelho em Caucaia quando foi preso em 2020. Hoje, é apontado como líder de uma dissidência da organização criminosa

Francisco Cilas de Moura Araújo, conhecido como Mago ou Paizão, foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado, conforme decisão tomada em 15 de dezembro último pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas. A sentença o considerou culpado pelos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e uso de documento falso.

Cilas foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPCE) como a maior liderança da facção Comando Vermelho (CV) em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele chegou a constar na lista dos mais procurados do Estado, tendo sido ofertada, inclusive, uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem a ele. Cilas estava foragido desde 2016 e foi preso em 7 de julho de 2020 em Teresina (PI). Contra ele, havia quatro mandados de prisão em aberto.

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No celular apreendido com Cilas, a Polícia Civil encontrou um caderno com anotações referentes ao controle contábil da venda de entorpecentes. Em uma folha havia menções a uma movimentação de R$ 150 mil. Também há referências à venda de 250 gramas de cocaína por R$ 5.000, 100 gramas de crack por R$ 3.600 e à "entrada" de três quilos de cocaína que perfaziam um total de R$ 60.000.

"As circunstâncias da prisão do denunciado deixam claro que ele estava associado de forma permanente e estável à organização criminosa Comando Vermelho (CV), a qual líder, bem como responsável pelo tráfico na localidade", diz trecho da denúncia.

Em depoimento, ele negou as acusações e disse nunca ter praticados crimes. Cilas afirmou que nenhum caderno foi apreendido em seu apartamento. Ele ainda disse ter trabalho no Mercado da Caucaia, onde vendia peixes, e que só foi a Teresina para manter residência.

Após a prisão, Cilas teriam rompido com o CV e sua organização criminosa, a "Tropa do Mago", passou a travar embates com a facção carioca em Caucaia. Entre os diversos homicídios decorrentes da disputa está a chacina que deixou cinco mortos no distrito de Boqueirão das Araras em agosto.

 

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