Escola do Ceará promove projeto de valorização da cultura africana e combate ao racismo

Iniciativa teve rodas de conversa, exibição de filmes, concursos com debates sobre cultura e vivências étnico-raciais, além do enfrentamento de outras formas de violência na sociedade

Como forma de combater o racismo e valorizar a cultura africana, a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Lia Sidou, localizada no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), promoveu o projeto “O que há de África em nós”.

Na iniciativa, o equipamento educacional buscou engajar os 430 alunos em atividades de sensibilização cultural por meio de festival multicultural e pesquisas sobre raízes afro-brasileiras.

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O projeto surgiu em 2016 com objetivo de promover atividades para sensibilizar a comunidade escolar sobre o tema.

No projeto, foram realizadas rodas de conversa, exibição de filmes, concursos e debates sobre cultura e vivências étnico-raciais, com foco no enfrentamento do racismo e outras formas de violência na sociedade ao longo do ano letivo.

Durante o período, os estudantes também foram incentivados a realizar pesquisas interdisciplinares.

Dentre os temas, estão: contribuição dos povos africanos e afro-brasileiros para a construção do Brasil; desigualdades raciais, indicadores sociais de violência em relação a negros e negras; racismo institucional, racismo na escola e cotas raciais; e diversidade religiosa (intolerância e sincretismo).

Conforme a diretora da escola, Maria Jeane Augusta, com o projeto, os alunos começam a ter algumas mudanças acerca do tema. “Eles começam a ver essa temática desmistificando algumas ideias enraizadas sobre preconceito e começam a se perceber de uma outra forma, começam a se posicionar de uma outra forma e a ter um olhar diferenciado para a questão da diversidade”, conta

A iniciativa também surgiu da necessidade de colocar em práticas as leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além de reforçar a importância do mês da Consciência Negra, celebrado em novembro.

“A gente começou a pensar essa obrigatoriedade no sentido de rever posicionamentos, de como a gente percebe essa temática e como a gente se coloca diante disso”, disse a diretora.

Ainda segundo Jeane, para encerrar as atividades do ano letivo e das pesquisas realizadas sobre o tema ao longo do período, o projeto inseriu neste ano o festival multicultural, realizado no último dia 22 de novembro.

Após a consolidação das pesquisas, estudos, debates, reflexões e compartilhamento dos conhecimentos adquiridos, os alunos se apresentaram no festival reunindo traços de cultura afro-brasileira para serem apresentadas nas mais diversas formas de expressões da arte, como em apresentação de danças e teatro. 

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