Crianças da rede pública de Fortaleza fazem apresentações sobre antirracismo

Projeto criado em 2017 para incentivar o protagonismo dos alunos da educação infantil discute relações étnico-raciais no ano letivo de 2023

Alunos da educação infantil da rede pública de ensino de Fortaleza se reuniram nesta terça-feira, 31, no Teatro São José, para apresentar o que aprenderam sobre o antirracismo. Danças, instrumentos artesanais e músicas sobre respeito às diferenças trabalhados em sala de aula foram levados ao palco do teatro.

O dia de apresentações faz parte do projeto Protagonismo Infantil, que tem como tema no ano letivo de 2023 “As relações étnico-raciais no cotidiano da Educação Infantil: dialogando com as múltiplas linguagens de bebês e crianças”.

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Para iniciar, a professora Marleide Nascimento leu o livro “Meu crespo é de rainha”, da escritora americana bell hooks, para os presentes. A docente levou os estudantes a pensarem sobre seus próprios cabelos, exaltando a beleza de fios de todos os tipos e estimulando a autoestima das crianças.

“Vejo eles [alunos] como sementinhas que a gente está regando”, diz Marleide sobre o ensino antirracista desde a primeira infância. A docente afirma que é possível trabalhar o antirracismo nos primeiros anos de vida usando as linguagens das crianças.

"Ter a oportunidade de trabalhar com as crianças temas voltados para as relações étnico-raciais, desenvolvendo desde cedo a consciência de igualdade, respeito, solidariedade e paz é fundamental para construirmos uma sociedade mais humana e pautada em princípios universais de uma educação antirracista", afirma Jefferson Maia, secretário-executivo da pasta municipal de Educação.

Durante a manhã, os alunos dos Centros de Educação Infantil (CEI) Agostinho Moreira, da Barra do Ceará, apresentaram uma coreografia para a música “Somos de todas as cores”, do grupo Palavra Cantada.

Já os estudantes do CEI Maristela da Frota Cavalcante, do Vila Velha, demonstraram a dança de roda chamada Coco, de origem afro-brasileira e indígena. Do CEI Maria Felício Lopes, do Cais do Porto, as crianças tocaram batuques e chocalhos feitos de garrafa pet e feijões enquanto dançavam a música “Racismo e preconceito não”.

Simone Calandrine, coordenadora de Educação Infantil na Secretaria Municipal da Educação (SME), explica que o momento é utilizado para “reverberar o que está sendo trabalhado na sala de aula”.

"A essência do projeto protagonismo é trazer a criança para o centro do planejamento, oportunizando que essa criança se expresse, através de gestos, de movimentos, do teatro, da música, todo conhecimento do aprendizado”, diz a coordenadora.

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