Policial preso fingia ser amigo da família para abusar de criança

Policial preso se valia de proximidade da família para cometer abusos sexuais contra criança

O agente de segurança, que foi preso em Fortaleza nesta terça-feira, 25, e teve o porte de arma de fogo suspenso
Atualizado às Autor Cidades O POVO Tipo Notícia

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), na terça-feira, 25, resultou na prisão preventiva de um policial militar suspeito de cometer uma série de crimes sexuais contra uma criança de 11 anos. A investigação aponta que os abusos ocorreram no município de Canindé, no Sertão Central, durante viagens em família. 

A ação, batizada de Operação “Custodia Minoris”, foi conduzida pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do MPCE, com apoio tático do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil (DTO) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.

De acordo com as investigações, o suspeito se valia da proximidade com a família da vítima para cometer os crimes. O policial era considerado um "amigo da família", o que facilitava o acesso à criança.

Inquérito apura os crimes sexuais 

O inquérito apura a prática de quatro tipificações criminais graves como estupro de vulnerável, importunação sexual, assédio de criança para a prática de ato libidinoso e facilitação ou indução de acesso de criança a material pornográfico.

Os mandados foram cumpridos em Fortaleza, onde o agente foi localizado. Além da prisão preventiva, as equipes cumpriram três mandados de busca e apreensão. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos que passarão por perícia técnica do Ministério Público para aprofundar as provas.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Única Criminal da Comarca de Canindé. Atendendo ao pedido do MPCE, a Justiça também determinou a suspensão imediata do porte de arma de fogo do policial e o recolhimento de seus armamentos.

O nome "Custodia Minoris" foi escolhido pelos investigadores para enfatizar a gravidade da violação do dever de guarda. Segundo o MPCE, o caso envolve uma "dupla relação de confiança" que foi quebrada: a primeira, pela relação pessoal de amizade com a família da vítima; a segunda, pela condição de policial militar, profissão cujo juramento exige, primordialmente, a proteção da sociedade e dos mais vulneráveis.

O caso segue sob segredo de justiça para preservar a identidade e a integridade da vítima, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A identificação do policial militar não é divulgada para não expor a criança.

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