Índice de crianças de 10 a 13 anos online no Ceará salta de 55% para 84%, aponta IBGE
Quase metade das crianças de 10 a 13 anos no Estado tem celular para uso próprio. Ainda assim, são o segundo grupo que menos acessa a internet no Estado
A inserção das crianças ao uso de ferramentas online tem acontecido cada vez mais cedo no Ceará. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira, 24, indicam que o percentual de cearenses entre 10 e 13 anos que acessam a internet saltou de 55,9% em 2016 para 84,4% no ano passado.
A informação faz parte da Pnad Contínua: Características de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad TIC) 2024, que analisa a conexão à internet, serviços de streaming, sinal de streaming, rádio e outras ferramentas em todo o Brasil.
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Com o crescimento, as crianças reduziram a diferença para a faixa etária entre 20 e 24 anos, que atualmente é a que mais acessa a internet no Estado. A distância que em 2016 era de 17,8%, agora figura na casa dos 13%.
Os pequenos, entretanto, foram pela primeira vez ultrapassados pelos usuários entre 50 e 59 anos, que marcaram 84,8% na Pnad TIC 2024. As crianças agora são o segundo grupo menos conectado no Estado, à frente apenas dos idosos, com 59,3% de seu público online.
O índice voltou a crescer nesta edição da pesquisa, após ter caído entre 2022 e 2023 (88,3% para 84,1%). Este foi o quarto ano consecutivo em que mais de 80% das crianças cearenses de 10 a 13 anos estavam na internet.
Houve também crescimento no resultado geral do Estado, que atingiu 86,4% de sua população online, atrás somente de 2022, que teve mais de 88% dos cearenses usando a internet.
Percentual de crianças entre 10 e 13 anos que acessam a internet por estado
Quase metade das crianças cearenses têm celular para uso pessoal
O crescimento do acesso de crianças à internet pode estar relacionado ao aumento também do número de jovens com celulares nas mãos. Segundo a Pnad TIC, 49,4% dos cearenses entre 10 e 13 anos possuem um telefone para uso pessoal, cerca de 16 pontos percentuais a mais que em 2016, quando a pesquisa foi iniciada.
O salto registrado no Ceará acompanhou o cenário de todo País, onde hoje 56,5% desse público tem um aparelho próprio. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o percentual chega a mais de 70%.
O número voltou a crescer na Terra da Luz após passar 2022 e 2023 em queda. Entre 2021 e 2022 o dado caiu 4,5 pontos percentuais, e regrediu novamente no ano seguinte, chegando a 46%.
Os dados trazidos pela pesquisa ainda evidenciam um déficit em comparação com a faixa etária seguinte, de 14 a 19 anos, onde 83,9% dos cearenses têm celular para uso pessoal. A nível nacional, a disparidade é de 56,5% para 86,7%, respectivamente.
Por fim, a pesquisa ainda mostra que o público com mais celulares nas mãos é o de 25 a 29 anos, com 95,1%, seguido pela faixa de 30 a 39 (94,7%) e 20 a 24 (93,3%).
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