Dois suspeitos de matar terceiro-sargento em Fortaleza são presos

O crime aconteceu no último dia 3 de abril, quando a vítima estava a caminho do quartel onde trabalhava. As investigações apontaram que o crime não tem motivação com o a profissão de Carlos Antônio de Sousa

Suspeitos de matar o policial militar Carlos Antônio de Sousa, 45 anos, foram presos na última quinta-feira, 2, e na sexta-feira, 3. O crime aconteceu no último dia 3 de abril no bairro Parque Santa Rosa, na capital cearense. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na manhã desta segunda, 6. De acordo com a Polícia Civil, o crime foi enquadrado como um latrocínio (roubo seguido de morte), e os investigados foram capturados no bairro Bom Jardim, em Fortaleza, e no município de Fortim, a 132,5 km de Fortaleza.

Após um mês do acontecimento do crime, a partir das investigações, ficou constatado que a morte não foi motivada por Carlos Antônio ser policial. Os suspeitos já tinham envolvimento com roubos e furtos de veículos e aparelhos celulares e a intenção deles era subtrair os pertences do militar. Um imóvel teria sido alugado para descarregar subtrações que eram realizadas pelos suspeitos.

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O delegado Ricardo Pinheiro, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DDHP), revela que os suspeitos não sabiam que a vítima era policial Carlos Antônio ia ao quartel sem os trajes de policial, quando foi abordado pelos suspeitos.

A delegada Cláudia Oliveira que é titular 11° DDHP, que esteve à frente das investigações do caso, revela que após o crime contra o PM, a dupla suspeita se deslocou até o Mondubim, onde subtraíram uma moto azul e saíram em comboio para praticar outros tipos de crime, a Polícia Civil possui imagens deles tentando assaltar uma mulher, mas o roubo não teve sucesso.

Com cerca de 50 imagens em posse da Polícia Civil, as investigações apontaram para um imóvel localizado onde os autores esconderam as motos que estavam sendo usadas para assalto. Dentro do imóvel estavam mais quatro veículos e o chassi da moto vermelha, moto que teria sido usada no homicídio do policial militar, que foi desmontada. Na casa também foram encontradas 19 placas de veículos, as placas tinham sido arremessadas em um poço da casa, um mergulhador do Corpo de Bombeiro fez um mergulho para resgatar as placas.

A delegada Cláudia Oliveira afirma que com a localização das subtrações, constatou que aquele imóvel era usado pelos investigados para fins ilícitos após crimes. “Servia para guardar motos roubadas, desmanchar motos. Realmente a localização daquele imóvel deixou mais claro ainda a convicção de que se tratava de um crime de latrocínio por todo esse contexto de roubos consecutivos.

Continuada as investigações, um dos suspeitos foi identificado a partir dos roubos de motos. A polícia chegou na casa de um deles e a companheira dele foi flagrada com 16 celulares, cinco celulares foram identificados e devolvidos, com isso, a delegada alerta a importância de realizar um boletim de ocorrência após ser assaltado ou furtado. Após ser identificado, buscas e apreensões foram realizadas no bairro Bom Jardim, mesmo com a tentativa de fuga do homem, ele foi capturado.

A polícia continuou as diligências para capturar o outro suspeito. Cláudia Oliveira afirma que, para se eximir da culpa, o homem teria se mudado para Fortim, uma semana depois do homicídio do PM, e dito que tinha se arrependido dos crimes praticados. A delegada à frente das investigações conta que após a captura, os dois suspeitos confessaram o crime e deixaram claro que não sabiam que a vítima era policial, a intenção era roubar a moto.

Durante a confissão, um deles contou com mais riqueza de detalhes como aconteceu o crime. E também detalharam como aconteciam os esquemas de roubo de moto. Um deles foi preso e condenado, estava em regime aberto, e respondia por dois crimes de roubo e tráfico de drogas. O outro possui atos infracionais análogos a roubo e tráfico de drogas.

O Coronel da Polícia Militar, Kilderlan Sousa, afirmou que Carlos Antônio de Sousa estava lotado na Companhia de Policiamento com Cães (CPCães) do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e que ele era policial há 17 anos. Carlos Antônio deixou a esposa e três filhos, dois meninos e uma menina.

PM é morto a tiros a caminho de quartel

O terceiro-tenente Carlos Antônio foi morto às 5h30min, no último 3 de abril se deslocava ao quartel onde trabalhava. Ele teria sido alvejado a cerca de um quilômetro do local de trabalho.

Após o tiro, o policial tombou da motocicleta que pilotava, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. As diligências ficaram a cargo do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).

Atualizada às 17 horas

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