Cozinhas do Ceará Sem Fome têm funcionamento prorrogado por mais seis meses

Aditivo garante R$ 87 milhões para insumos e ajudas de custo

As cozinhas comunitárias que fazem parte do programa Ceará Sem Fome, do governo estadual, têm mais seis meses de funcionamento garantidos. O edital de inscrição das instituições foi prorrogado, com aditivo de R$ 87 milhões para abastecer as 1.080 cozinhas parceiras.

A entrega de quentinhas feitas em cozinhas comunitárias é um dos eixos do programa iniciado em 2023. Cada um dos equipamentos recebe insumos para produzir 100 almoços por dia. O alimento é entregue de segunda a sexta-feira para pessoas previamente cadastradas nas cozinhas.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

“A gente precisa dar a base para essas pessoas, que é o alimento. Estamos nesse processo prorrogando essa ação por mais seis meses”, afirma Lia de Freitas, primeira-dama do Estado e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome.

Segundo Lia, a viabilidade de aumentar o valor do aditivo, com o intuito de contemplar mais cozinhas, está sendo estudada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE).

Ela também explica que o primeiro edital teve prazo de seis meses devido à emergência da fome no Estado. No entanto, a ideia é que o próximo possa ser de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por mais um ano.

Programa impacta pessoas em vulnerabilidade na Caucaia

O evento de anúncio da prorrogação do programa foi realizado na Associação Educacional para Crianças, Adolescentes e Idosos (Aecadi), no bairro Parque Boa Vista, em Caucaia. O local funciona como cozinha comunitária desde 2021, quando o nível de insegurança alimentar da população aumentou em decorrência da pandemia.

“A gente que trabalha na ponta conhece bem a dificuldade de nosso povo diariamente, muitos deles não tem como se alimentar e levar uma comida digna pras crianças, e hoje com toda felicidade a gente consegue”, diz Kessya Alencar, coordenadora administrativa de projetos da instituição.

“Aqui você tem a oportunidade de ter a alimentação naquele horário, pro seu filho ir pra escola de barriga cheia”, relata a dona de casa Lucicleide de Freitas, 35. Ela e os cinco filhos estão inscritos para receber as marmitas. A moradora comenta que alguns beneficiários não têm acesso a outra refeição durante o dia.

A associação ainda tem parceria com o Sesc para fornecer sopas três vezes por semana durante a noite. Conforme Kessya, a ação complementar atinge cerca de 300 famílias. Caucaia conta com outras 42 cozinhas comunitárias inscritas no programa.

Capacitação e empregos

De acordo com o governador Elmano de Freitas (PT), em 2024 o programa também deve investir na capacitação e empregabilidade dos beneficiários. Pesquisas serão feitas entre as famílias inscritas para receber cursos profissionalizantes ou linhas de crédito para quem deseja empreender.

“Primeiro estamos ajudando as pessoas com as quentinhas, mas dando o passo para a formação para o trabalho e para o empreendedorismo”, diz o governador.

Elmano afirmou ainda que as famílias do Ceará Sem Fome terão passagens de ônibus intermunicipais gratuitas, em parceria com o Sine-IDT, para comparecer a entrevistas de emprego.

A iniciativa fará parte da próxima fase do programa VaiVem Livre.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

ceara sem fome governo do ceara insegurança alimentar

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar