Ceará se destaca positivamente mas não pode "baixar a guarda" contra a dengue, diz diretor do MS

Marcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, participa do 7º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde, realizado na Escola de Saúde Pública do Estado

Com mais de 920 mil casos prováveis de dengue, o Brasil enfrenta uma escalada histórica da doença. O cenário é heterogêneo no País. E o Ceará se destaca como um dos estados com incidência abaixo do esperado, avalia Marcio Henrique de Oliveira Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública da Ministério da Saúde (MS). Mas ele frisa que não se pode baixar a guarda, principalmente considerando que a quadra chuvosa ainda se estende por mais três meses.

"O cenário hoje do Ceará é diferente do resto do Brasil, que está dentro ou até abaixo do esperado para o número de casos. Uma incidência bastante baixa. A gente faz reunião com todos os estados o tempo todo. A incidência do Ceará está, inclusive, entre as mais baixas de toda a série histórica do Estado", destaca o diretor. 

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Marcio esteve na abertura do 7º Seminário Estadual de Vigilância em Saúde: Manejo, Prevenção e Controle de Agravos Associados à Estação Chuvosa no Ceará nesta segunda-feira, 26. Evento está sendo realizado na Escola de Saúde Pública do Estado, em Fortaleza, e continua até quarta-feira, 28.

Seminário é promovido pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), e é voltado para profissionais de saúde. 

Segundo a plataforma IntegraSUS, da Sesa, o Ceará soma 3.146 casos notificados de dengue em 2024, dos quais 384 foram confirmados. Em Fortaleza, foram 983 notificações suspeitas e 59 confirmações.

Marcio destaca que mesmo os estados e as regiões que estão com baixa incidência devem "estar extremamente atentos". "Não é para baixar a guarda nem governo municipal, nem estadual, nem federal, nem a população. Em alguns estados, o período de chuvas ainda vai chegar, e nós podemos ter um aumento decorrente disso", alerta. 

No cenário nacional, ele explica que os números de casos e de óbitos são "alarmantes" quando comparados com a série histórica e com os dados de 2023 para este período. "É uma cenário que não é homogêneo, é bastante heterogêneo", diz.

"Em termos de incidência e de número de óbitos temos um olhar muito atento para o Centro-Oeste, principalmente Distrito Federal e Goiás. A região Sudeste toda já começa a chamar atenção em relação à incidência. A região Sul tem um destaque para o estado do Paraná, na região mais próxima de São Paulo. Norte e Nordeste têm um cenário diferente", diferencia o diretor.

Conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do MS, são 920.427 casos prováveis e 184 óbitos por dengue no País. Outras 609 mortes ainda estão em investigação.

Já foram publicados decretos de emergência em 146 municípios e em seis unidades federativas: Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 

Conforme o informe diário do Centro de Operações de Emergência (COE) em Saúde, foram registrados 7.318 casos de dengue grave e de dengue com sinais de alarme.

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