Psicóloga dá dicas de como conversar com crianças sobre as ameaças de ataque em escolas

A psicóloga Mariana Moura explica sobre a importância de abordar, quando necessário e de maneira correta, os últimos acontecimentos

Com a crescente preocupação com as ameaças de ataques a escolas e mensagens que circulam nos grupos de WhatsApp, é comum que apareçam dúvidas sobre como conversar com as crianças a respeito do assunto da forma mais sensível e cuidadosa possível para que elas saibam como se proteger e ficar em alerta a qualquer comportamento suspeito.

Em entrevista ao programa O POVO da tarde, da Rádio O POVO CBN, a psicóloga materno-infantil Mariana Moura explica que é um momento delicado e conversar com crianças sobre quaisquer assuntos exige seriedade e sensibilidade e que é necessário falar sem minimizar o que está acontecendo, mas com cuidado para não gerar pânico na criança.

“Eu sempre falo que a gente precisa proteger as crianças, não só fisicamente, como psicologicamente, do que está acontecendo. Trabalhar segurança precisa ser um assunto sempre em pauta, não só pelo que está acontecendo hoje em dia, mas porque as crianças precisam ser treinadas a ter protocolos de segurança”, comenta a psicóloga.

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A profissional comenta ainda que, diferente de outros países que realizam procedimentos para treinar os alunos para eventuais situações como incêndio e evacuação de lugares, o Brasil não tem essa cultura. Sendo assim, dialogar sobre segurança em casa sem gerar pânico precisa ser natural.

Ameaças de ataque em escolas: como abordar?

A psicóloga diz que existem formas de conversar com os pequeninos sobre os assunto e que isso depende da idade.

“Quando a criança é menor, menor que idade, vamos lá, dessas idades de creche, de dois, três, quatro, cinco anos, até mais ou menos de infantil cinco, a ideia é que a gente brinque com a criança e que ela se sinta segura, porque é uma fase onde a criança ainda não diferencia muito bem o real, da imaginação. Então, a gente pode transitar por essa questão mais rítmica”, orienta.

Já com crianças que possuem maior compreensão, o ideal é conversar com um vocabulário que elas entendam e, caso a criança ouça falar sobre e perguntar, o ideal é abordar de forma que ela não entre em pânico.

“A gente não pode esconder da criança se ela procurar a informação que a gente tem que dar. Agora, se a criança não procura a informação, é desnecessário a gente chegar e dar a informação para a criança”, complementou Mariana.

Ameaças de ataque em escolas: nota da redação

O POVO opta por não publicar foto, vídeo, nome ou qualquer detalhe sobre autores de ataques a escolas. A decisão atende a recomendações de estudiosos em comunicação e violência.

⁠⁠Entendemos que a divulgação dessas informações pode vir a estimular novos agressores, que usem a divulgação da imprensa profissional como forma de promoção de atos de violência.

⁠⁠O POVO pretende manter a postura em casos subsequentes, podendo reavaliar se novos estudos indicarem rumos que tragam maior segurança à sociedade.⁠

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violencia nas escolas ataques a escolas segurança pública dialogo com crianças

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