Mutirão de cirurgias começa no Ceará com participação de hospitais municipais

Cerca de 30 mil cirurgias devem ser realizadas no mutirão em todo o Estado

Após lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Ceará, o mutirão de cirurgias do Estado inicia nesta segunda-feira, 10, com a participação de hospitais municipais. Anteriormente, apenas unidades particulares e sem fins lucrativos poderiam fazer o convênio com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) para atender a fila de pacientes que aguardam um procedimento.

Na cidade de São Benedito, o governador Elmano de Freitas (PT) afirmou que nesta segunda-feira já há pessoas sendo operadas, sendo oito da própria cidade e quatro de municípios vizinhos.

“A cirurgia feita aqui terá o mesmo valor a ser pago por uma cirurgia realizada em Juazeiro, por exemplo. Vamos garantir a máxima transparência e eficiência porque o nosso povo quer deixar de esperar tanto tempo. As decisões do nosso Governo priorizam, acima de tudo, a melhoria de vida do povo do Ceará”, afirmou o governador durante o lançamento do mutirão estadual para realização de cirurgias eletivas.

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Segundo ele, o mutirão tem previsão de R$ 135 milhões de investimento inicial para realização das 30 mil cirurgias programadas. “Se for preciso mais, o Estado vai complementar o recurso", disse.

O prefeito Saul Maciel afirma que o hospital municipal de São Benedito tem capacidade de realizar 120 cirurgias eletivas por mês. Com verba estadual e federal, por meio do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, o município deve receber a demanda de cidades vizinhas também.

Como funcionará os mutirões de cirurgias no Ceará?

 

Ao O POVO, a secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho, explica que, para atender às demandas, serão realizados dois mutirões distintos, sendo um federal e outro estadual.

“No federal, após várias reuniões com as Secretarias de Saúde dos respectivos municípios, nós conseguimos fechar que 55 municípios vão executar as cirurgias. No estadual, já estamos com 67 unidades que solicitaram e que estão solicitando credenciamento”, diz a secretária.

O credenciamento das unidades, por sua vez, é realizado a partir da entrega da documentação necessária e após fiscalização do local, assegurando que o equipamento tem condições de realizar as cirurgias.

As especialidades contempladas no mutirão são Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Urologia, Nefrologia, Neurologia e Vascular. Remoção de vesícula, implante de prótese no joelho, correção das mamas, remoção de cálculos renais e cirurgia de catarata são algumas das principais cirurgias.

“A gente já abriu (o credenciamento das unidades) e estamos esperando agora os municípios também se conveniarem. E pode ser que municípios participem tanto do plano federal como do estadual. Ao todo são quarenta e quatro mil cirurgias. A previsão é que 15 mil sejam feitas no federal e 29 mil pelo estadual”, salienta a secretária.

Dentre os cerca de 60 mil pacientes que estão na fila à espera da realização de algum procedimento, aqueles com mais de 60 anos, portadores de deficiência física ou mental, de grupos de risco, pacientes oncológicos, imunossuprimidos ou portadores de doenças crônicas terão prioridade.

“Dependendo da agilidade que os contratos sejam assinados, que a documentação foi entregue, a gente está analisando que, em torno de seis meses, tenhamos realizado de 40% a 50% da fila. O importante é que as pessoas saibam que só vão ser pagos os procedimentos de pacientes que estejam na fila. Sem o paciente estar na fila, a gente não autoriza o pagamento”, pontua Tânia.

O monitoramento da celeridade dos procedimentos será feito por meio da Central de Regulação da Sesa, que também será responsável por alinhar os atendimentos já efetuados. Apesar de avançar no número de pacientes atendidos, a secretária entende que não será possível zerar a fila de espera.

“O que a gente tem ciência é de que não vamos zerar fila. Ela é uma fila dinâmica, todo dia entra paciente, mas a gente quer que ela ande ao ponto que a gente possa estabelecer um tempo médio de espera de cirurgia para determinado procedimento”, explica.

(Colaborou Bruna Lira/Especial para O POVO)

Cadastro

O caráter dinâmico da fila se dá em conformidade à quantidade de operações realizadas e o cadastro de novos pedidos diariamente. De acordo com a Sesa, os bancos de dados também são constantemente atualizados com o intuito de evitar possível duplicidade de informações.

Para inclusão no sistema de Regulação, é preciso buscar atendimento nos postos de saúde. A demanda será avaliada pela equipe da atenção primária e, se necessário, cadastrada na fila.

Para quem já está incluso no sistema, é importante manter informações pessoais atualizadas. O contato para revisão dos dados pode ser feito via Plantão Cirurgias 24h, pelos números de WhatsApp (85) 3219-6073 / (85) 3219-9366 / (85) 3101-2610 ou por contato telefônico nos canais: (85) 3219-1065 / (85) 3219-9858 / (85) 3219-6045.

Também estão disponíveis os contatos da Sala de Situação das Cirurgias Eletivas: (85) 3219-4210 / (85) 3101-5217 / (85) 3101-2666 / (85) 3488-2136. O atendimento telefônico ocorre de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas. As informações podem ser acessadas, ainda, na plataforma Saúde Digital.

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