Diretores de escolas estaduais discutem o papel dos professores no ensino pós-pandemia

A Seduc divulgou diretrizes para apoiar as escolas durante a volta presencial

Um seminário entre diretores de escolas estaduais com o tema "Liderança Escolar e Aprendizagem: Perspectivas para a Escola do Presente e do Futuro" discutiu sobre recomposição das aprendizagens, priorização curricular, liderança na gestão escolar, entre outros temas. A reunião contou com a presença de autoridades como a governadora Izolda Cela (PDT) e a secretária da educação estadual Eliana Estrela. O encontro foi no últimos dias 2 e 3, no Centro de Eventos do Ceará.

Na programação do seminário constaram discussões sobre recomposição das aprendizagens, priorização curricular e liderança na gestão escolar. Nesse universo, a importância da ação de profissionais da educação, sobretudo durante o período que marca a volta ao presencial, é pauta recorrente e exige que estratégias sejam traçadas para ajudar na readaptação dos estudantes.

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No início deste mês, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) divulgou as diretrizes para o ano letivo de 2022 com o intuito de orientar e alinhar o trabalho pedagógico a ser desenvolvido pela rede pública estadual e auxiliar as escolas na retomada das atividades presenciais. Além da recomposição dos saberes, a rede também foi orientada a fortalecer a formação de vínculos entre a escola e os diversos atores que a compõem, incentivando o acolhimento e a busca ativa.

Para a diretora da escola Antônio Negreiros Bastos, em Irauçuba, Edlene Vasconcelos, o papel dos professores nesse processo é o de escuta. "Nós temos um alto número de alunos com problemas psicológicos e a escuta ativa tem ajudado nessa questão. Além disso, existe a questão de como recuperar as aprendizagens perdidas durante esse tempo em casa. Quais estratégias vamos por em prática tanto em sala de aula quanto fora dela", diz a diretora.

A governadora Izolda Cela ressaltou em seu discurso que na avaliação diagnóstica realizada no início de 2022, os resultados revelaram uma necessidade de trabalhar a recomposição de aprendizagem. "Os anos sem a atividade presencial cobra sua fatura. Foi uma medida que, naquele momento, se impôs, e as consequências valem para que nós pensássemos além do que está sendo feito e em outras ações que fortaleçam nosso trabalho", afirmou a gestora.

Programa Ceará Educa Mais

Em nota, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) informou que trabalha na busca garantir o direito dos alunos a uma boa escolarização. Neste sentido, oferece oportunidades de iniciação no mundo do trabalho, além de incentivar o desenvolvimento de habilidades de pesquisa científica, artístico-culturais e esportivas. Estas são ações estruturantes do Programa Ceará Educa Mais.

O eixo Cuidado e Inclusão norteia as ações diretas voltadas para busca ativa e permanência do estudante na escola. As demais diretrizes, em especial o investimento em aprendizagem, suporte profissional aos professores, oferta de dispositivos de conectividade para uso escolar e apoio para implementação do projeto de vida dos estudantes possuem, também, um papel significativo no resultado da frequência escolar.

Conforme o Censo Escolar 2021, último divulgado, as escolas estaduais da rede pública de ensino apresentam indicadores significativos, que apontaram 2% de abandono. No ano de 2007, 16,4% dos alunos abandonavam os estudos.

Pacto pela Aprendizagem

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), lançou em 2021 o Pacto pela Aprendizagem, que beneficiará mais de 910 mil estudantes cearenses matriculados no Ensino Fundamental na rede pública, com execução prevista até 2022. O objetivo é fortalecer o regime de colaboração entre o Governo do Ceará e os 184 municípios para recuperar a aprendizagem dos alunos diante do contexto de pandemia da Covid-19.

O investimento total para o desenvolvimento das ações do Pacto é de R$ 130 milhões. Desse montante, R$ 50 milhões serão investidos pelo estado em tecnologia, plataformas de aprendizagem e material de apoio à recuperação de estudantes das escolas municipais. Já R$ 80 milhões serão transferidos aos municípios para que utilizem na reforma e aquisição de equipamentos para as escolas.

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