Estado terá nova adutora para melhorar segurança hídrica no Sertão Central

Obra tem prazo de três anos para ser entregue. Projeto beneficiará mais de 280 mil cearenses em nove municípios e 38 distritos

A primeira adutora do projeto Malha D’água teve ordem de serviço assinada pelo governador Camilo Santana na manhã desta sexta-feira, 4. Com isso, o Sistema Adutor Banabuiú - Sertão Central será o pontapé da nova estratégia estadual para o abastecimento hídrico. O projeto pretende capilarizar, a partir dos maiores açudes de cada região do Ceará, a distribuição de água tratada. 

Nesta primeira fase, a água captada do Açude Banabuiú deve beneficiar 280.620 cearenses. São 688 km de encanamentos chegando a nove municípios: Banabuiú, Jaguaretama, Solonópole, Milhã, Deputado Irapuan Pinheiro, Senador Pompeu, Piquet Carneiro, Mombaça e Pedra Branca. Além destes, 38 sedes distritais serão abastecidas a partir da malha.

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“O Ceará parte na frente, dando uma demonstração que, com investimento e planejamento, é possível resolver definitivamente o problema de abastecimento de água", afirmou o governador. Segundo ele, o objetivo é que o projeto se torne um exemplo e o Nordeste pare de depender dos carros-pipa.

Francisco Teixeira, secretário de Recursos Hídricos, explica que "a filosofia do projeto é dar capilaridade à garantia quantitativa e qualitativa da água no território". "Além das adutoras, será construída uma estação de tratamento com ultrafiltração na margem do açude. Assim, a água faz todo o percurso já tratada", expõe.

Quanto à sustentabilidade do projeto perante a capacidade hídrica dos reservatórios, Teixeira enfatiza que o Açude Banabuiú é o terceiro maior do Ceará e, atualmente, guarda 126,3 milhões de litros de água (o equivalente a 8% de sua capacidade total). "Todos os açudes vivem em alternância de volume. O ponto principal é a gestão desse recurso, priorizando o abastecimento humano e liberando para a irrigação somente se houver excedente."

Também presente na solenidade, o presidente do Consórcio de Desenvolvimento da Região do Sertão Central Sul, Maurício Pinheiro, afirmou a importância do projeto para os municípios. “Somos a região que menos chove, que tem maiores dificuldades de abastecimento de água para o consumo humano nas regiões urbanas. Esse projeto vai alavancar a autoestima do povo do Sertão Central”, celebrou.

Com a assinatura da ordem de serviço, as obras podem iniciar imediatamente e devem ser concluídas em até três anos. O investimento é de R$ 643.315.708,04 vindos de financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Já as obras serão de responsabilidade de consórcio liderado pelas construtoras Passarelli Engenharia e PB Construções. (Colaborou Alexia Vieira)

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