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Fenômeno responsável por temporais em MG não ameaça o Ceará, garante meteorologista

Especialista explicou que os dois estados atravessam cenários meteorológicos diferentes e que não há nenhuma chance das chuvas registradas nas cidades mineiras se deslocar para o Ceará

O fenômeno climático responsável pelas fortes chuvas que castigam Minas Gerais desde o começo de janeiro não possui qualquer relação com as precipitações de pré-estação registradas no Ceará nos últimos dias. A afirmação é do meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Vinicius Oliveira, que descarta eventos pluviométricos com potencial devastador nos municípios cearenses, assim como vem acontecendo nas em mais de 300 cidades mineiras, que estão em situação de emergência.

O especialista esclarece que, em Minas Gerais, as chuvas estão associadas à formação de uma Zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no Ceará as precipitações são provocadas pelo sistema Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), com grau de intensidade inferior ao primeiro. “Nessa época do ano é comum a ocorrência desses dois tipos de fenômenos meteorológicos. No caso, pelas informações que temos, ambos os sistemas já estão em fase de dissipação e devem perder força nos próximos dias”, explica Oliveira.

O meteorologista ainda acrescenta que, ao contrário dos comentários que ouviu nos últimos dias, não há nenhuma possibilidade, ainda que remota, de as chuvas registradas no estado do Sudeste se deslocarem para o Ceará. “Se essa ZCAS tivesse posicionado no Nordeste, como na Bahia, por exemplo, até poderia influenciar as condições do tempo no sul do Ceará, o que não foi o caso. Esse cenário afasta qualquer chance dessa chuva registrada em Minas Gerais chegar ao nosso Estado”, pontuou.



De acordo com a Funceme, a tendência é que o Ceará continue sob influência do sistema VCAN até o próximo sábado, 15. O estado apresenta condições favoráveis para a ocorrência de chuvas em todas as macrorregiões, principalmente no Centro-Sul. As chuvas deverão ser provocadas por áreas de instabilidade, além de efeitos locais como temperatura, relevo e umidade.

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As chuvas de pré-estação registradas nos 13 primeiros dias de 2022 no Ceará já são mais volumosas do que as precipitações observadas em todo o mês de janeiro do ano passado. De acordo com o painel das chuvas, gerenciado pela Funceme, a média de pluviometria dos 184 municípios do Estado chega a 88,1 mm, quase o dobro dos 45,9 mm contabilizados no intervalo mensal de 2021. Até o fim do mês, a expectativa é que o volume cresça ainda mais e ultrapasse a normal climatológica prevista para o período (98,7 mm).

No cenário por macrorregião, o Maciço do Baturité concentra a maior média até agora (147 mm). Em seguida aparecem o Cariri, com 135 mm, e o Litoral de Fortaleza, com 131 mm. Nas demais divisões territoriais — Ibiapaba (89 mm), Litoral do Pecém (88 mm), Sertão Central e Inhamuns (77%), Jaguaribana (74 mm) e o Litoral Norte (72 mm) — os acumulados também apresentaram bons volumes.

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