Homem é resgatado de cárcere privado em instituição terapêutica

Homem é resgatado de cárcere privado em instituição terapêutica; dupla é presa

Após a ação policial, o espaço não foi fechado. Visita da Vigilância em Saúde do município ainda ocorrerá para avaliar a intedição completa

Uma instituição terapêutica localizada em Barbalha, no Cariri, se tornou alvo de investigação da Polícia Civil do Ceará (PCCE) devido a maus-tratos e cárcere privado de internos. O local atendia pacientes com transtornos psicológicos e uso abusivo de drogas.

Os policiais encontraram um dos pacientes trancado em um quarto isolado, na quinta-feira, dia 18. No local, dois homens, de 26 e 36 anos, foram presos em flagrante por cárcere privado qualificado.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a ação ocorreu após solicitação de apoio do Ministério Público do Ceará (MPCE). O órgão pediu cumprimento de mandado de busca na instituição, que já estava sendo investigada por cárcere e maus-tratos.

Nas imagens divulgadas pela SSPDS, é possível ver péssimas condições de higiene do local, com colchões no chão sem cobertas, pisos e paredes sujas e fiação elétrica exposta.

Cerca de 40 pessoas eram atendidas pela instituição terapêutica

A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Barbalha, Anamaria Duarte, relatou que cerca de 40 pessoas eram atendidas pela instituição.

Após a ação policial, o espaço não foi fechado. Uma visita da Vigilância em Saúde do município ainda ocorrerá no local para investigar as condições da instituição. A interdição será avaliada após a visita.

No entanto, Anamaria explica que a prefeitura, em conjunto com o MPCE, tem entrado em contato com as famílias dos pacientes para relatar a situação encontrada no local.

Segundo ela, muitas famílias não são de Barbalha, sendo até de outras regiões e estados. Pela distância, algumas ainda não puderam buscar os entes. A clínica assinou um termo de responsabilidade para continuar com os pacientes até que os familiares tomem providências.

“A gente já conseguiu que cerca de 10 deles voltassem para suas famílias, porém, os demais a gente ainda continua nesse contato, vendo as possibilidades, informando. Cabe à família decidir, na verdade, se o paciente permanece ou não, já que a clínica não foi fechada”, diz Anamaria.

O homem encontrado em cárcere privado foi uma das pessoas que voltou para a família. Ele foi resgatado para o internamento provisório de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município e depois voltou para a casa com a mãe.

“A gente está orientando para ver a possibilidade de retornar para a família ou procurar um local que seja realmente adequado e possa receber esses pacientes, oferecendo a eles o tratamento devido para os problemas de saúde que eles têm, de saúde mental e também de dependência química”, comenta a coordenadora.


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