Quase 500 fósseis foram devolvidos ao Cariri somente em 2021

Dentre as devoluções, mais de 200 fósseis oriundos da Chapada do Araripe foram recuperados em operação da Polícia Federal

A devolução de fósseis ao Cariri registrou aumento neste ano de 2021. De acordo com o diretor do Museu do Plácido Cidade Nuvens, Alysson Pinheiro, somente neste ano, 487 patrimônios retornaram ao seu local de origem. A divulgação sobre o tema e o acesso à informação foram fatores que colaboraram para a manutenção dos patrimônios locais, segundo o gestor.  A entrevista foi ao jornalista Farias Júnior, da rádio CBN Cariri.

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No último mês de outubro, um conjunto com 37 aranhas fósseis caririenses que estavam no acervo da Universidade do Kansas (EUA) foi devolvido ao Cariri. Dentre elas estava a aranha Cretapalpus vittari, descrita neste ano por um pesquisador estadunidense e que homenageia a drag queen Pabllo Vittar. 

Além disso, por meio da operação Santana Raptor, da Polícia Federal, 237 fósseis oriundos da Chapada do Araripe, no sul do Ceará, foram entregues ao Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri.

O diretor do Museu ressaltou a importância da permanência desses patrimônios na região do Cariri. “Esse fóssil que está dando lucro para algumas pessoas no mundo, poderia ser uma alternativa de desenvolvimento para a região do Cariri. Para além da legislação, esse fóssil do Cariri, preferencialmente, precisa estar aqui, porque foi daqui que ele saiu e é aqui onde precisa se desenvolver”, afirmou

Para combater o tráfico de fósseis, foi criada ainda a campanha “Lugar de fóssil é no Museu”, destaca o diretor. Em 2021, já foram 25 fósseis devolvidos por meio da ação. “Esse entendimento de fóssil como patrimônio é recente. Historicamente muitas pessoas tinham fósseis em casa, encontravam no quintal, na roça, ganhavam de presente e usavam na decoração ou como peso de papel e não é o local adequado. Lugar de fóssil é no Museu, e o que temos que se dedica exclusivamente a preservação do patrimônio fossilífero é o Plácido das Nuvens”, destaca.

Pessoas que têm fósseis em casa podem doar ao Museu sem ter problema com a Justiça, segundo o diretor. “Comercializar sob hipótese nenhuma, é crime federal. O museu está nas redes sociais, basta entrar em contato e explicar que tem um fóssil para doação. Além disso, temos parceria com o Geoparque do Araripe e as pessoas podem entrar em contato com o Geoparque para entregar ao Museu”, afirma.

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