Intoxicação por metanol: 43 casos são registrados no Brasil

Intoxicação por metanol: mais de 40 casos são registrados no Brasil

Já totalizam 43 os casos registrados nacionalmente, com um óbito confirmado e outros sete em investigação. São Paulo registrou 39 dos casos.

O Ministério da Saúde (MS) criou uma Sala de Situação para coordenar medidas que serão tomadas e monitorar os casos de intoxicação por metanil no País.

A medida é de caráter extraordinário, e seguirá ativa enquanto houver novos casos registrados. As informações são do G1.

Segundo o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), atualmente o Brasil conta com 43 casos registrados, com São Paulo contendo o maior número, 39 total, sendo 10 confirmados e 29 em investigação, além de outros quatro casos em investigação em Pernambuco.

Um óbito já foi confirmado em São Paulo, com outras cinco mortes em investigação no Estado e duas mortes em investigação em Pernambuco.

A Polícia Federal está conduzindo as investigações em São Paulo, em conjunto com os órgãos de controle e vigilância.

A equipe do MS, que ficará responsável pela organização, coordenação, planejamento e controle das futuras medidas, será composta por representantes dos ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Agricultura e Pecuária, pelos conselhos Nacional de Saúde (CNS), Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Anvisa e as secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco.

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Etanol e fomepizol são antídotos


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na última terça-feira, 30, que estuda criar, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma reserva estratégica para garantir o acesso ao fomepizol, um dos antídotos contra intoxicação por metanol, mas que ainda não é registrado no Brasil.

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Atualmente, o País utiliza apenas o etanol produzido por laboratórios ou farmácias de manipulação no tratamento das intoxicações.

Em caso de necessidade clínica, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), centros de referência especializada em toxicologia para orientação, diagnóstico e manejo de intoxicações ou as secretarias de saúde solicitam a manipulação do produto, que é sempre controlado de forma intravenosa ou oral.

Já o fomepizol é um medicamento utilizado como antídoto nos casos de intoxicação por metanol, etilenoglicol e dietelinoglicol, constando na lista de antídotos dos medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o CIATox da Unicamp, o fomepizol é mais eficiente pela falta de efeitos colaterais. O Brasil conta com 32 CIATox, ao todo, com 9 em São Paulo.

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Nota do Ministério da Saúde


O Ministério da Saúde enviou, na última terça-feira, 30, uma nota técnica para estados e municípios indicando a notificação imediata de todas as suspeitas relacionadas à intoxicação por metanol.

A medida busca reforçar a prevenção e vigilância de casos suspeitos e estimular a identificação de locais de possível comercialização de bebidas adulteradas para mapear os locais e acionar os órgãos de segurança.

 

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