Quem era Juliana Marins, brasileira que morreu esperando resgate em vulcão na Indonésia

Quem era Juliana Marins, brasileira que morreu esperando resgate em vulcão na Indonésia

Publicitária do Rio de Janeiro fazia mochilão solo pela Ásia e caiu durante trilha no Monte Rinjani. Família confirmou morte após dias de buscas difíceis no local

Juliana Marins, brasileira de 26 anos, foi encontrada sem vida após mais de três dias desaparecida no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok, na Indonésia.

A confirmação foi feita pela família da jovem na manhã desta terça-feira, 24, por meio de uma publicação nas redes sociais.

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Segundo o comunicado, as equipes de resgate conseguiram finalmente alcançar o local onde Juliana havia sido avistada por drones.

“Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz a nota assinada por familiares.

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Quem era Juliana Marins?

Natural de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Juliana estava viajando sozinha pela Ásia desde fevereiro.

Durante o mochilão, passou por Filipinas, Vietnã e Tailândia. Ela compartilhou nas redes sociais fotos de trilhas, mergulhos e paisagens paradisíacas das viagens.

Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Juliana atuou profissionalmente em empresas do grupo Globo, como Multishow e Canal Off, além da agência Mynd e do evento Rio2C, voltado à indústria criativa.

No currículo, também constam cursos de roteiro, direção de cinema e fotografia.

Juliana era uma entusiasta do pole dance, modalidade na qual chegou a se apresentar em festivais. Também participava de corridas de rua, inclusive fora do Brasil, e mantinha uma rotina ativa, integrando esporte e arte à sua vida pessoal.

Família acompanhou buscas com críticas e esperança

Durante os dias de resgate, os familiares de Juliana se mantiveram ativos nas redes sociais, divulgando atualizações, pedindo orações e denunciando falhas de comunicação entre as autoridades brasileiras e indonésias.

A irmã de Juliana, Mariana Marins, chegou a desmentir informações de que a jovem teria recebido alimentos e agasalhos. “Ela estava há dias sem água, comida ou abrigo. Seguimos sem saber seu estado de saúde até hoje”, afirmou em uma das postagens do perfil.

O pai de Juliana viajou às pressas para a Indonésia, mas teve dificuldades para chegar ao país por causa do fechamento do espaço aéreo após os ataques do Irã a bases americanas na região.

Como foi o acidente de Juliana no Monte Rinjani

O acidente aconteceu por volta das 19 horas da sexta-feira, 20 de junho (horário de Brasília) - já madrugada do sábado, 21, na Indonésia. Juliana escorregou durante uma trilha e caiu cerca de 300 metros montanha abaixo.

Desde então, as operações de resgate enfrentaram inúmeros desafios: o terreno extremamente íngreme, a densa neblina e as constantes mudanças climáticas impediram o uso de helicópteros e dificultaram os acessos por terra.

Nos dois primeiros dias, drones com sensores térmicos não encontraram Juliana. Apenas na manhã de segunda-feira, 23, ela foi localizada. A temperatura do corpo mostrou que a jovem ainda estava viva, porém, se mantinha imóvel.

Com o passar dos dias, Juliana deslisava ainda mais na encosta íngreme do vulcão. Nesta terça-feira, a equipe de resgate desceu 400 metros, mas estimou que Juliana estaria mais longe, a cerca de 650 metros do ponto de onde caiu na trilha.

Passadas horas de operação neste quarto dia de buscas, as equipes de resgate encontraram o corpo da publicitária, que não resistiu às condições extremas.

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