"Vou pousar na praia, vai dar certo", disse piloto cearense antes de pouso forçado no RJ

Além do piloto, outras duas pessoas estavam no veículo, modelo EMB-710C. Ninguém ficou ferido

O piloto cearense Matheus Reges, 26, conseguiu fazer um pouso forçado na Praia de Itaipuaçu, em Maricá, no Rio de Janeiro, no fim da tarde dessa quarta-feira, 10, após o monomotor que pilotava apresentar problemas no motor. Além do piloto, outras duas pessoas estavam no veículo, modelo EMB-710C. Ninguém ficou ferido.

Matheus é piloto há quatro anos, desde os 21 anos de idade. Essa foi a primeira vez que ele vivenciou uma situação de emergência. “Estava fazendo um voo de Vitória, [no Espírito Santo] para Jacarépagua, no Rio de Janeiro. Chegando no Rio, na Baía de Guanabara, os motores acabaram perdendo potência, ficaram oscilando, caindo e subindo, daí eu já comecei o pouso de emergência".

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Entre os passageiros, estava Jose Carlos Rizk Filho, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Espírito Santo (OAB-ES), e um cliente do advogado. "Graças a deus, eles ficaram tranquilos, ficaram orando. Falei ‘vou pousar na praia, vai dar certo’ e foi basicamente isso. O pouso foi tranquilo. Ninguém se machucou nem nada", cita o piloto.

Nas redes sociais, o presidente disse que o pouso foi um milagre. “Foi um momento desesperador, [aqueles] que a gente pensa que vai morrer [...] Sobre o mar, o avião parou de funcionar. O piloto tentava ligar o motor, como um carro que não pega”.

Em nota, cedida ao G1 - Rio de Janeiro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) disse que Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) foram acionados para a ocorrência.

"Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", diz trecho da nota.

O POVO entrou em contato com o Cenipa, que informou nesta quinta, 11, prosseguir os trabalhos de Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-NLA, no município de Maricá (RJ).

Os trabalhos são realizados pelos investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SeripaA III), órgão regional do Cenipa.

"Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação", informa a Cenipa.

Ainda de acordo com o órgão, é mediante a emissão e a publicação do Relatório Final que o Cenipa se pronunciará sobre os resultados de suas investigações, conforme disposto no art. 88-H da Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica - CBA).

"A conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes", completa o texto.

Atualizada às 18h50min

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