Porto Alegre tem bairros alagados e sem energia após temporal

Tempestade nessa terça-feira, 16, deixou capital gaúcha no escuro, alagada e sem abastecimento de água; moradores registraram temporal nas redes sociais

Dezenas de bairros em Porto Alegre (RS) ficaram no escuro e com alagamentos após forte tempestade atingir a capital gaúcha. O temporal começou na noite dessa terça-feira, 16, e seguiu madrugada adentro.


A tempestade foi acompanhada por relâmpagos e rajadas de vento de mais de 100 km/h, que causaram destelhamentos e queda de árvores. Na Freeway, trecho da BR-290 que passa por dentro de Porto Alegre, outdoors foram arrancados de suas estruturas e levados pelo vendaval.

Nas redes sociais, moradores compartilharam vídeos da forte chuva. Também é possível ver, nas imagens, diversos locais alagados. Em alguns casos, o nível da água chegou a encobrir parcialmente carros, além de ter invadido residências e comércios. Também houve relatos de vidros em janelas estourando por causa dos fortes ventos.

— Bruna Santiago (@leituraspretas) January 17, 2024


Alguns dos vídeos registram o efeito da tempestade na rede elétrica da capital gaúcha. Veículos de imprensa locais noticiaram mais de 20 bairros sem energia.

A falta de luz trouxe impactos também no abastecimento de água. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, as estações de bombeamento e tratamento atingidas pelo apagão são responsáveis por atender mais de 50 bairros, que estão com o fornecimento interrompido.

Outros serviços públicos também foram atingidos, como hospitais e unidades de saúde. O Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), teve três andares atingidos, causando danos nas áreas de emergência, diagnóstico por imagem e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o teto desabou parcialmente.

O Correio do Povo, um dos jornais impressos que circulam em Porto Alegre, teve o parque gráfico alagado. O maquinário e o estoque de papel foram afetados, impactando na distribuição do periódico nesta quarta-feira, 17.

A empresa de meteorologia MetSul havia noticiado, ainda na manhã da terça-feira, a probabilidade de chuva intensa, que deve continuar nesta quarta-feira. A própria MetSul foi atingida pelo temporal, com a divulgação das análises sendo afetada pela falta de eletricidade.

A empresa pontuou que, apenas nos primeiros 60 minutos de tempestade, o volume de água foi de 68 mm. O valor é mais da metade da média histórica da cidade para todo o mês de janeiro, de 120,7 mm.

— cyber laura (@laurabarros) January 17, 2024


Em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou 83 mm acumulados. A medição é referente apenas ao nível de chuvas desde o começo da madrugada.

A Defesa Civil de Porto Alegre relatou, até as 3h44min, 36 pontos de alagamento, 27 quedas de postes, e 150 quedas de árvores. As quedas sobre residências e casos de destelhamento somavam, naquele momento, 19 ocorrências.

Segundo o órgão, não há registro de desabrigados, mortos ou feridos. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) recebeu, das 22 horas da terça às 4h45 da quarta-feira, 20 pedidos de resgate, mas não há detalhamento do número de vítimas.

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