Família de menino desaparecido em praia do Rio recebe trotes
O garoto foi registrado por câmeras de segurança pela última vez às 16h50min da última quinta-feira, 4. Autoridades investigam possíivel afogamento
Desde quinta-feira, 4, a família de Édson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, vive um drama. O garoto sumiu, tendo sido visto pela última vez no Posto 4 da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), perto da barraca de seus pais. Enquanto as investigações sobre o paradeiro da criança avançam e cartazes sobre o desaparecimento são divulgados, os pais de Édson Davi recebem trotes e lidam com a possibilidade de um afogamento.
Em uma mensagem enviada ao pai do menino, uma pessoa exige uma recompensa de pelo menos R$ 1.500 para devolver Édson Davi. O pai, Édson dos Santos Almeida, está encaminhando todas essas mensagens à Polícia.
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Imagens capturadas por banhistas por volta das 15 horas de quinta-feira mostram o menino jogando bola com duas crianças na faixa de areia, no dia em que desapareceu. O material foi entregue à Delegacia de Descobertas de Paradeiros, que conduz a investigação do caso.
Outras magens de segurança mostram o menino caminhando pela calçada da orla, por um percurso de cerca de 100 metros, retornando, em seguida, à areia. Depois deste momento, não há mais gravações da criança no calçadão. As imagens foram divulgadas pelo portal O GLOBO.
As esperanças da família foram brevemente alimentadas por um vídeo enviado no sábado, no qual um casal é flagrado em uma lanchonete com uma criança semelhante a Edson Davi.
A família correu para o local onde o vídeo foi gravado, na expectativa de confirmar a identidade do garoto desaparecido. Contudo, a pista foi descartada, pois a família não reconheceu o menino nas imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
A Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA) continua as buscas. O Corpo de Bombeiros também mantém a operação no mar.
O registro inicial na 16ª DP (Barra da Tijuca) foi transferido para a especializada, que explora duas linhas de investigação: a possibilidade de Édson ter caminhado em direção à água e desaparecido no mar, ou ter ido em direção ao calçadão.
O dia do desaparecimento
Na manhã em questão, Édson Davi, acompanhado pelo pai, que desempenha o papel de barraqueiro na localidade há três anos, dirigiu-se à praia. Por volta das 16h30min, a ausência de Davi chamou a atenção de Édson dos Santos Almeida.
Ao concluir o atendimento de alguns clientes, ele percebeu que Davi não estava ao seu alcance. O garoto, que estava habituado a acompanhá-lo até a barraca, conhecendo todos os funcionários e sendo obediente, não estava presente.
Édson fez questão de ressaltar que o filho nunca havia se afastado da barraca. Durante o depoimento prestado à Polícia, o pai compartilhou que Davi manifestou que desejava ir ao calçadão, mas não recebeu autorização.
Como resposta, o menino acatou à decisão e permaneceu brincando ao lado da barraca, na areia, na companhia de duas crianças aparentando ter cerca de 7 anos.
Veja o que se sabe, até o momento, do que ocorreu no dia:
14h - Pedido de prancha: o garoto se dirige a uma barraca próxima e solicita emprestada uma prancha de bodyboard;
14h30 - Intervalo para lanche: Davi e seu pai compram açaí em um quiosque;
15h56 - Exploração do calçadão: o menino é avistado indo sozinho em direção ao calçadão, na mesma rota do quiosque onde adquiriram o açaí;
15h58 - Retorno à areia: Davi conversa com um funcionário da barraca vizinha à de seu pai e volta à areia. A Polícia suspeita que ele tenha pedido novamente a prancha;
16h - Retorno ao jogo de bola: a investigação indica que ele volta à areia para jogar bola. A família confirma que, antes de desaparecer, ele brincava com duas outras crianças;
16h30 - Registrou fotográfico de Davi: um banhista captura uma foto do garoto jogando bola com outros meninos, acompanhados por um homem, possivelmente estrangeiro;
16h50 - Partida dos estrangeiros: a câmera registra que a família estrangeira se retira. Não há registro de Davi deixando o local com eles;
17h47 - Início das buscas por Davi: o pai é capturado por uma câmera procurando pelo filho no quiosque onde compraram o açaí anteriormente.
Menino de 6 anos desaparece em praia no Rio: hipóteses sobre o caso
Uma das principais linhas de investigação da Polícia é um possível afogamento.
De acordo com o pai, naquela tarde o mar estava bastante agitado e com ondas grandes. Duas bandeiras vermelhas indicavam uma enorme vala naquele trecho.
Segundo informações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), nesse mesmo dia a criança chegou a brincar sozinha na beira do mar, mas foi alertada por salva-vidas que deveria se afastar da água.
A informação foi fornecida por um funcionário da barraca pertencente ao próprio pai da criança, que chegou a advertir Davi, orientando-o a evitar brincadeiras na beira d'água. Conforme relatado pelo funcionário, o menino costumava ir sozinho ao mar.
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