Criminosos usam foto e voz de empresária com IA para golpes com Pix

Com inteligência artificial, criminosos utilizaram imagem da vítima para propagar um vídeo em seu Instagram para ganhar dinheiro através do Pix; entenda

Com uso da inteligência artificial (IA), um grupo de criminosos usou a foto e a voz de uma empresária do ramo de restaurantes para fazer um vídeo no Instagram e aplicar golpes com Pix.

A empresária de 40 anos é dona de um restaurante no Distrito Federal e utiliza suas redes sociais para promover seu cardápio diariamente. No dia do ocorrido, ela tentou acessar sua conta e não conseguiu.

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Achando que fosse um erro do aplicativo, a empresária seguiu com seu dia de trabalho. Algumas horas depois, ela recebeu uma ligação de uma amiga que queria confirmar a veracidade do vídeo.

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Nessa ligação, sua amiga logo suspeitou do conteúdo, afinal, a empresária nunca havia compartilhado esse tipo de sugestão. O vídeo continha promessas de grandes lucros, como R$ 1.500 para um depósito de R$ 300 e R$ 2.500 para um depósito de R$ 500, entre outros valores.

Clonagem por IA: investigação do caso

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso. Segundo o relato da empresário, um clone digital dela afirmava em um vídeo que ganhava dinheiro por meio de um esquema.

Alguns de seus seguidores acreditaram que o conteúdo gerado por IA era verdadeiro e depositaram quantias via Pix, que variavam de R$ 300 a R$ 1.000.

Diante do ocorrido, a empresária solicitou ajuda a um hacker para tentar recuperar sua conta e fez um Boletim de Ocorrência (B.O). A Polícia está investigando o caso por crimes de falsidade ideológica e estelionato, mas até a manhã de quarta-feira, 25, nenhum responsável havia sido identificado.

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Mais de 1 milhão de pessoas sofreram golpes via Pix

Uma pesquisa realizada pela Silverguard, uma empresa de proteção financeira, revelou que quatro em cada dez entrevistados foram vítimas de alguma tentativa de fraude ao utilizar o Pix como meio de pagamento.

No estudo divulgado em setembro, mostrou que 1,7 milhão de brasileiros sofreram golpes financeiros via Pix em 2022.

Entre os golpes mais frequentes, há o exemplo de Gizele, que é o da rede social hackeada. Outros casos, também citados na pesquisa, foram fraudes por meio de falsa central bancária, falso parente e produtos ou lojas inexistentes.

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