'Cavalo Tarado': diretores são afastados após apresentação em escola do RJ
Após repercussão negativa de apresentação de dançarinos em uma escola no Rio de Janeiro, diretores foram afastados de seus cargos; entenda o caso
A Secretária Municipal do Rio de Janeiro informou nesta quarta, 30, que diretores de quatro escolas foram afastados de seus cargos após sindicância aberta para investigar uma apresentação de dança acusada de usar música com conotação sexual, chamada “Cavalo Tarado”.
O caso gerou repercussão nacional e movimentou as redes sociais com críticas à performance do grupo “Cia Suave”, que realizou no início da semana a apresentação em rede pública de ensino com público composto por crianças e adolescentes.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O diretor do colégio que ocorreu o caso, o Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Carlos Prestes, foi afastado, além dos diretores do CIEP Gustavo Capanema, da Escola Municipal Marechal Estevão Leite de Carvalho e da Escola Municipal Rivadávia Corrêa.
Educação antirracista e protagonismo dos alunos são temas da Mostra da Educação Infantil; ENTENDA
“Cavalo Tarado”: prefeito e órgão público se posicionaram sobre o caso
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, publicou um vídeo de repúdio à performance apresentada na escola da Zona Oeste da cidade carioca. “Queria entender o que se passa na cabeça de alguém que acredita que isso aqui é algo que possa ser apresentado para crianças”, diz.
Paes afirmou ter reagido “como qualquer pessoa lúcida que vê essa gravação: com muita indignação e com repúdio”. Em sua manifestação, o político indica o interesse em “endurecer o controle” de apresentações, palestras e atividades nas escolas municipais.
Senado aprova política de qualidade de vida para educadores; CONFIRA
Em nota, a Secretaria municipal de Educação destaca repudiar “completamente a apresentação que foi realizada por um grupo artístico independente” e a companhia de dança também ficou proibida de se apresentar em outras escolas da rede municipal.
Além disso, foi informado que se o grupo tiver recebido recursos públicos para a apresentação, eles terão que devolver o dinheiro.
“O grupo agiu de má fé e encaminhou diretamente para a escola uma proposta de espetáculo com classificação livre, ou seja, para todas as idades”, revela o órgão do Rio de Janeiro.
O POVO entrou em contato com a Cia Suave e aguarda resposta. O espaço da matéria segue livre para a manifestação do grupo.
Governo quer priorizar políticas para primeira infância; VEJA