Passageira cospe em motorista de aplicativo por conta de discussão por troco
Passageira reconhece atitude exagerada. Motorista afirma que já teve problemas semelhantes com outros passageiros
Uma passageira cuspiu em um motorista de aplicativo após ele pedir para ela descer do carro depois de uma discussão por causa do troco. O caso foi registrado em Goiânia, em Goiás, na última sexta-feira, 18. Em vídeo gravado durante a discussão, é possível ver o momento em que o motorista Luiz Antônio de Oliveira, de 48 anos, foi xingado e revidou o cuspe.
Confira o registro:
É + que streaming. É arte, cultura e história.
No vídeo da corrida, que teve a duração de 2 minutos e 59 segundos, é visível o momento em que a mulher entra no carro junto a outra passageira. Imediatamente, ela questiona o motorista sobre um troco de "R$ 30". Em resposta, ele sugere que a opção mais adequada seria um pagamento via PIX, visto que ele não possuía o troco mencionado.
A mulher então sugere que o motorista inclua o valor da corrida atual para ser cobrado posteriormente em sua próxima viagem pelo aplicativo. Entretanto, Luiz não aceita essa alternativa e sugere que as passageiras desembarquem e busquem "outro veículo".
Logo após, o vídeo mostra que a mulher se irrita e insulta o motorista. Quando ele responde, ela cospe nele, e ele reage com um cuspe na direção dela.
Quando a mulher sai do veículo, ele também desce. Em depoimento ao portal G1, o motorista justifica que reagiu ao cuspe "por impulso" e que saiu do carro para evitar que ela quebrasse a porta do carro.
“Ela estava com uma senhora que a impediu de danificar o carro. Eu tentei ligar para a polícia, mas meu telefone travou naquele momento", ele conta.
Também em declaração ao G1, Giovana Ogando afirma que, nesse instante, o motorista teria se aproximado das passageiras de maneira ameaçadora.
Em seu depoimento, a passageira pediu desculpas pelo ocorrido e reconheceu que sua reação de cuspir no rosto do motorista foi exagerada. No entanto, ela alegou uma "falta de transparência" entre o aplicativo, o motorista e ela, pois quando solicitou a corrida, teria sido apresentada a opção de pagamento em dinheiro (confira nota na integra no final da matéria).
Problemas com Passageiros
Ao G1, Luiz explicou que está cadastrado na plataforma há dois anos e meio, mas nos últimos seis meses tem trabalhado de maneira fixa devido ao desemprego. De acordo com ele, nesse período, já teve problemas semelhantes com outros passageiros. Ele acrescentou que instalou uma câmera no veículo e grava todas as corridas para garantir sua segurança.
"O recurso de pagamento posterior nem sempre é aceito pela plataforma. Se o passageiro tiver alguma pendência, a plataforma recusa e a viagem é encerrada", explicou Luiz.
Confira nota da defesa da passageira:
"Com relação ao vídeo que circula na rede social, gostaríamos de esclarecer que diferente do que está na legenda do texto, não houve calote. O que aconteceu, que ao entrar no carro de aplicativo informei que tinha comigo uma nota de 50 reais e que não possuía saldo para pix, mas que estava disposta a pagar a mais, conforme se escuta no início do vídeo.
Entendemos que ouve uma falta de transparência entre a plataforma, o motorista e a cliente, pois ao cliente apareceu a opção pagamento por dinheiro e na ausência de troco a opção de pagamento posterior, mas o motorista, entretanto, além de dizer que não trabalhava dessa forma, puxou o freio de mão de forma brusca e mandou que as passageiras descessem.
Entendo tive uma reação exagerada ao cuspir no motorista, sobre essa atitude isso me arrependo profundamente. Os xingamentos e cuspes foram recíprocos, mas que ao descer do veículo, o motorista foi para cima das passageiras em tom ameaçador, ao que se pode escutar os gritos ao fundo do vídeo.
Ressaltamos que a conduta dos envolvidos está permeada de excessos, mas que o motorista de aplicativo ao divulgar um vídeo, onde preserva sua imagem com o logo da rede social e expõe as passageiras, exagerou novamente em suas razões, pois expos uma terceira pessoa, a segunda passageira, que nada tinha a ver com a discursão e está tendo sua imagem viralizada.
Seres humanos estão passiveis de errar, mas jamais um erro pode ser justificativo para o cometimento de outro maior. Houve uma violação de imagem, uma vez que não é permitido a divulgação de gravações sem consentimento dos demais envolvidos e sua publicação em redes sociais causam prejuízos instantâneos.
Por fim, gostaria de pedir desculpas publicamente pelo acontecido, mas ressalvando que não foi um erro unilateral."