Duplo homicídio na Bahia: delegado que disse que "roupas das vítimas chamaram atenção" é afastado

Rhudson Barcelos, responsável pelas investigações do duplo homicídio de mãe e filha, afirmou em coletiva que o autor do crime "não tinha a intenção de praticar o estupro"

O delegado Rhudson Barcelos, responsável pelas investigações de um duplo homicídio na região rural da cidade de Guanambi, no sudoeste da Bahia, afirmou em coletiva que o responsável pelo crime "não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas", que só o fez porque as roupas delas "chamaram sua atenção". Ele foi afastado do caso após repercussão. 

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As falas polêmicas e machistas do delegado, que foi afastado do caso por medida administrativa, foram motivo de discussão nas redes sociais e geraram um protesto de mulheres na frente da delegacia da cidade, na noite dessa terça-feira, 14. 

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“Pelo que ficou subentendido e a gente apurou até o momento, não houve premeditação. Ele não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas. Foi uma questão de coincidência, quando ele saiu do trabalho, (...) se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada, obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual e as seguiu. Passou por elas, estacionou e ficou esperando”, disse o delegado.

Duplo homicídio de mãe e filha

Marco Aurélio da Silva, de 36 anos, é acusado de matar a tijoladas a técnica de enfermagem Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, de 42 anos, e sua filha, Ana Julia Teixeira Fernandes, de 16. Elas foram encontradas mortas no domingo, 12, em um riacho, na cidade de Guanambi, após a Polícia Militar receber uma denúncia de uma motocicleta abandonada na região.

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O veículo seria de propriedade do próprio autor do crime, que foi preso na segunda-feira, 13. No momento da prisão ele estava em um imóvel em construção, acompanhando do filho, um adolescente de 16 anos.

À princípio, ao ser questionado sobre a motocicleta pela Polícia, Marco Aurélio negou a posse. Mas, em seguida, afirmou que a moto era sua e que havia sido roubada no sábado, 11. A Polícia afirma que ele tentava criar um álibi.

Após ser conduzido pelos oficiais até a delegacia, ele negou que havia assassinado Alcione e Ana Júlia. Porém, a Polícia apurou que, com as evidências de marcas de arranhões causadas, pela fuga dele no matagal, e em decorrência das inconsistências na sua defesa, ele era o culpado. Findado o interrogatório, ele acabou confessando o crime.

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O ex-delegado responsável pelo caso informou que Marco Aurélio estava sob efeito de drogas e que teria retirado as roupas das vítimas, mas elas não foram estupradas. Ele as matou por medo de ser denunciado.

O autor do crime foi autuado em flagrante pelo crime de duplo homicídio.

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