Tornado em Pirassununga arranca mais de 100 árvores e causa estragos

Vento forte e chuva com granizo por cerca de 40 minutos causou estragos principalmente na região central e na zona sul da cidade

A passagem de um tornado com ventos cuja velocidade superou 70 km/h deixou um rastro de destruição em Pirassununga, cidade localizada no interior de São Paulo, na noite desse sábado, 9 de outubro. O temporal de chuva com granizo, que teve duração de 40 minutos, conseguiu arrancar uma centena de árvores, destelhar casas, destruir estruturas, danificar fiação e alagar prédios. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a chuva atingiu de forma mais severa a região central e na zona sul da cidade. Devido aos danos, a prefeitura anunciou que vai decretar estado de calamidade pública. Neste domingo, 10, prefeituras de municípios da região, como Araras, Leme, Porto Ferreira e Santa Cruz da Conceição, enviaram ajuda para Pirassununga.

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Segundo a Secretaria, até o momento não foram registrados feridos ou desabrigados. Porém, a cidade ficou sem o fornecimento de energia elétrica e também sem acesso à internet. O granizo também cobriu um trecho da rodovia Anhanguera que corta Pirassununga.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Paulo Tannús, secretário da Segurança da cidade, afirmou que o estrego causado pelo tornado foi de grandes proporções. "O tornado causou um estrago enorme no município, principalmente na região central e zona sul. Devastou o município, foi um estrago grande, grande mesmo, que a gente nunca viu. Ficamos no núcleo da tempestade."

O prefeito de Pirassununga Dimas Urban (PSD), que também é médico, relatou a situação atual da cidade e disse que o hospital sofreu inundação, que alagou o pronto-socorro e o centro cirúrgico. "Estamos sem condições de realizar partos. Transferimos doentes daqui para Leme, porque não temos condição de manter aqui na Santa Casa", disse em um vídeo gravado na Santa Casa. Vacinas, que precisam de refrigeração, foram levadas para Piracicaba para não serem perdidas.

A Defesa Civíl disse que a cidade continua em estado de alerta, já que linhas de instabilidade que continuam atuando em São Paulo provocarão chuva em Pirassununga e cidades da região entre a noite deste domingo, 10, e na segunda-feira, 11. A população também teme a possibilidade de falta de água, mesmo com o sistema funcionando, pois a operação das bombas depende de energia elétrica, que foi afetada com o tornado.

Ainda em suas redes sociais, o prefeito fez um apelo aos moradores da cidade, pedindo que não saiam de casa para "ver a desgraça dos outros". "Eu quero pedir uma coisa à população, pelo amor de Deus, não saia de casa, está complicando a ação dos bombeiros, da Defesa Civil. Esse negócio de querer visitar quais coisas [foram destruídas]... Que isso, gente? Pelo amor de Deus, quer ver coisa destruída assiste um filme do Afeganistão, de onde for, da Síria. Agora não vai sair na rua para ir atrás de ver destruição", disse em vídeo.

 

 

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