Empresários que pagaram para furar fila receberam soro no lugar de vacina, conclui PF

Claudia Torres conseguiu habeas corpus e está em liberdade desde 3 de abril. Investigações indicam que familiares da mulher participavam do esquema

Investigações realizadas pela Polícia Federal constataram que suposta vacinação contra a Covid-19 realizada por falsa enfermeira de Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi um golpe. O caso ocorreu em março de 2021. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, policiais desconfiam que a mulher teria aplicado soro fisiológico no lugar do imunizante.

A falsa enfermeira foi identificada como Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas. Durante operação de busca realizada na casa da mulher, agentes de segurança encontraram frascos com a substância. De acordo com autoridades próximas às investigações, o relatório da PF sobre o caso está em estágios finais. A conclusão será enviada para a Justiça estadual.

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Na época do ocorrido, empresários da cidade chegaram a pagar R$ 600 por duas doses do que Claudia Torres indicava ser o imunizante contra a Covid-19. Segundo inquérito policial, tanto os empresários do setor de transporte de passageiros quanto seus familiares receberam a falsa vacina.

De acordo com imagens inseridas no processo, a mulher fez as aplicações das falsas vacinas em condomínios nobres de Belo Horizonte e no município de Nova Lima. Além disso, outro registro foi feito no dia 23 de março, quando Claudia Torres foi flagrada em uma garagem de uma empresa de ônibus aplicando injeções em pessoas que estavam dentro de carros. Ainda segundo a Folha de São Paulo, declarações de Cláudia à Polícia Federal indicaram que ela tentou também aplicar o golpe também em integrantes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).

Familiares da falsa enfermeira também são acusados de participar do esquema. Igor Torres, filho de Cláudia, atuaria como intermediador do processo, realizando contato com os clientes por mensagens em WhatsApp. Ele apresentava a mãe como enfermeira, uma profissional experiente e que já havia trabalhado para empresas que atuavam na área.

No início das investigações, os envolvidos foram indiciados por associação criminosa e falsificação. Cláudia chegou a ser presa no dia 30 de março, mas conseguiu habeas corpus e deixou a prisão em 3 de abril.

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