Emagrecimento de Luísa Mell mostra como traumas emocionais afetam também o corpo

A influenciadora contou que agora seu foco é em se recuperar e se amar mais após os traumas recentes

A ativista na defesa dos animais e apresentadora, Luísa Mell, revelou nesta semana que emagreceu bastante e está pesando 47 kg. O quadro, segundo ela, é fruto de diversos traumas emocionais que passou nos últimos tempos e que chegou a se assustar com o quanto perdeu peso. O caso da apresentadora é um retrato de como questões emocionais afetam diretamente o corpo e o falar sobre isso ajuda para que mais pessoas procurem ajuda, em casos similares.

"É para relaxar e me recuperar de tantos traumas que vivi nos últimos tempos... Eu estou muito, muito magra. Estou pesando 47 kg. Eu acabei de me pesar e tomei um susto", relatou a ativista por meio das redes sociais. Luísa afirma ter passado um tempo hospedada em um hotel vegano para descansar a mente e recuperar a saúde física. "Sei que tem gente que engorda quando está triste, mas tem gente que emagrece, que é meu caso. É muito ruim, difícil. Agora, eu estou decidida e empenhada em me amar e me recuperar", acrescentou ela.

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O casamento de Luísa e do empresário Gilberto Zaborowsky chegou ao fim após 10 anos e a apresentadora já anunciou que se mudou com o filho e seus animais de estimação. “Apresento a vocês: nossa casa nova! Ainda não tem móveis, mas aqui amor e lealdade não faltam!”, escreveu ela. A separação teria sido motivada por uma suposta traição de Gilberto com Najila Trindade, segundo o colunista Léo Dias.

Fontes também contaram ao jornalista que Luísa teria tentado manter o casamento mesmo após uma série de abusos. Entre eles, a realização de um procedimento estético sem sua autorização. Ela teria ido à uma clínica fazer um procedimento minimamente invasivo, mas foi informada que precisaria de sedação. Ao acordar, descobriu que havia sido submetida a uma lipoaspiração nas axilas. O médico, de acordo com Leo Dias, explicou que o então marido autorizou o procedimento.

Seja pelos possíveis abusos, o processo de divórcio ou outras situações pelas quais Luísa passou, seu emocional impactou o corpo e a ativista precisou dedicar tempo para se recuperar pelo momento. “Quando se vive muito tempo em uma situação de grande estresse, de grande preocupação, frustração e tristeza, esses sentimentos crescem até se tornarem uma grande pressão emocional. É difícil de se suportar e começam a surgir sinais que começam a atacar o físico também”, explica a psicóloga Viviane Paixão.

Segundo ela, cada corpo reage de forma diferente a esse tipo de situação, com pessoas que podem perder completamente a vontade de comer como quem aumenta o consumo de alimentos, já que a comida é uma forma de prazer. “A nossa saúde mental não pode estar desconectada do nosso corpo e como a gente lida com nossas emoções é o que determina a qualidade da nossa saúde mental”, explica ainda a profissional.

Assim como Luísa, a humorista e atriz Tatá Werneck também falou sobre como suas questões emocionais mudaram seu corpo. Na semana passada, ela lembrou a perda do amigo Paulo Gustavo e como isso afetou seu peso. “Eu consegui ganhar dois quilos, graças a Deus. Eu, quando estou triste, não fico com fome. Quando o Paulo morreu eu cheguei a 40 kg. Eu fiz vários exames para ver se era só emocional e era só emocional mesmo”, disse ela.

A atriz destacou que mesmo por motivos tristes e quadros de transtornos mentais mulheres são parabenizadas pela perda de peso, mesmo que excessiva. “As pessoas me davam parabéns. Eu estava magra porque eu estava deprimida. Não era saudável. É muito doido pensar que alguém vê uma pessoa magra, que está deprimida, e fala: ‘Está ótimo’. Ótimo é estar saudável”, ressaltou ela .

A psicóloga Viviane Paixão pontua que ainda é difícil para a maioria reconhecer o que é uma doença mental ou mesmo do que é o conceito de saúde mental. “Ainda existe muito julgamento, muito preconceito. É cada vez mais urgente falar sobre saúde mental”, pontua Paixão. Segundo ela, no caso de Luísa é preciso ainda ficar atenta também sobre sinais de que o relacionamento pode não ser saudável.

A profissional explica que existe uma linha muito tênue, especialmente para mulheres, pelos números expressivos de violência doméstica, que não se configura apenas com agressões. Um ciúme excessivo, o querer controlar por “amar”, invasão de privacidade, tentativas de afastamento social, bem como mecanismos para que a vítima dependa apenas do(a) parceiro(a), chantagens e manipulações são sinais de violência doméstica.

E todas essas ações impactam diretamente no emocional e no físico de quem é vítima. Destruição da autoestima, insônia ou dificuldades para dormir, se irritar com tudo, ganho ou perda de peso também estão entre possíveis sintomas. Por isso, a psicóloga reforça dois pilares: o autoconhecimento e a procura de um profissional. “Quanto mais a pessoa de auto conhece, mais ela vai estar atenta ao outro. A reação do parceiro. Mais ela vai estar atenta às subjetividades do outro”, afirma ela. Paixão completa ressaltando a importância de se procurar ajuda, não só quem é vítima de relacionamentos abusivos. “Eu indico terapia, é importante demais para todo mundo”, finaliza.

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