Governo autoriza vacinação apenas para as grávidas e puérperas com comorbidades

Até o momento, os testes de vacinação neste grupo são insuficientes para comprovar a existência de risco associados aos imunizantes

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 11, que a vacinação de grávidas e de mulheres no período pós-parto contra a Covid-19 será restrita somente às que possuem comorbidades. Além disso, apenas as vacinas CoronaVac e Pfizer estão autorizadas a serem aplicadas nesse grupo. De acordo com o MS, a princípio, o imunizante AstraZeneca não será disponibilizado por conta das investigações envolvendo o caso da morte de uma gestante, de 35 anos, que teria recebido a dose.

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De acordo com o portal G1, a mulher teria morrido, no último dia 10 de maio, por conta de um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não tem comprovação de que a vacina tenha causado o óbito. No entanto, a decisão será mantida até que as investigações sejam concluídas.

Segundo Jorge Kalil, chefe do laboratório de imunologia do Incor e consultor do Programa Nacional de Vacinação, eventos adversos deste tipo são raros. “De forma alguma nós gostaríamos que se tivesse a ideia de que essa vacina causa problemas em mulheres grávidas. Não é assim. Esta vacina pode ter casos de trombose, são casos raríssimos, ocorrem em mulheres em idade fértil e que varia de 1 para 100 mil ou 1 para 500 mil pessoas vacinadas”, declarou durante apresentação do MS.

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A Anvisa ressaltou, ainda, que os dados apresentados pela vacina AstraZeneca, até o momento, são insuficientes para fundamentar um risco associado com a vacina. Dessa forma, como medida de precaução, a vacinação de gestantes com este imunizante não é recomendada.

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Em nota, fabricante Oxford relatou que "mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos" da vacina. Além disso, a própria bula do imunizante alerta para a falta de testes de fase 3 em grávidas.

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