Caso Henry: babá volta atrás e diz que Monique pediu que ela mentisse à Polícia

Thayná disse ainda que a empregada da casa, Leila Rosângela, a Rose, também mentiu

A babá de Henry Borel, Thayná Oliveira Ferreira, confessou que mentiu em seu primeiro depoimento prestado à polícia a pedido de Monique Medeiros, mãe da criança. Em mais de sete horas de depoimento nessa segunda-feira, 12, no 16º DP do Rio de Janeiro, ela admitiu que sabia das agressões e que Monique pediu que ela mentisse há duas semanas.

Segundo informações do G1, Thayná disse ainda que a empregada da casa, Leila Rosângela, a Rose, também mentiu. A polícia sabe que no dia 12 de fevereiro, quando o vereador Dr. Jairinho (expulso do Solidariedade) teria agredido o menino no final da tarde, as duas estavam dentro do apartamento.

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Naquela tarde Thayná mandou mensagens para Monique relatando as agressões, reveladas pelo próprio Henry, depois que saiu do quarto de Dr. Jairinho. O menino disse à babá que o padrasto o pegou pelo braço, deu uma rasteira e o chutou.

No dia seguinte, 13 de fevereiro, Monique levou o filho ao Real D'Or, unidade pediátrica em Bangu, Zona Oeste da cidade. Contudo, não há menção a essa ida ao hospital nos depoimentos de Monique, de Jairinho ou da babá.

Relembre o Caso Henry

 

- Henry foi levado ao hospital na madrugada de 8 de março. Ele estava no apartamento em que Monique, mãe do garoto, vivia com Dr. Jairinho;

- Os dois alegaram que o menino sofreu um acidente, ao cair da cama, e que o encontraram "desacordado e com os olhos revirados e sem respirar";

- Dr. Jairinho pressionou o hospital para liberar o corpo sem que fosse para perícia no IML;

- No dia seguinte ao enterro do filho, Monique, a mãe da criança, passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca;

- Os laudos da necropsia de Henry e da reconstituição no apartamento do casal afastam a hipótese de acidente;

- O documento informa que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática [no fígado] causada por uma ação contundente [violenta];

- Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado;

- A polícia diz que, semanas antes de ser morto, Henry passou por pelo menos uma sessão de tortura com chutes e tapas cometidos por Jairinho. A mãe, Monique, sabia do ocorrido;

- 17 testemunhas foram ouvidas no inquérito que apura o caso. Prestaram depoimento familiares, vizinhos e funcionários do casal;

- Em depoimento, uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha sofreram agressões por parte do vereador;

- Os celulares e laptops dos dois (do vereador e da professora) e de Leniel Borel, pai do garoto, foram apreendidos e passam por perícias;

- Nesta quinta, 8 de abril, Dr. Jairinho e Monique foram presos temporariamente, suspeitos de tentar atrapalhar as investigações;

- Mensagens entre babá e mãe comprovam que Monique sabia das agressões pelo menos desde 12 de fevereiro;

- Seis dias depois de saber das agressões pela babá, Monique relatou à prima pediatra que Henry chegava a vomitar e tremer quando via Jairinho;

- Laudo dos peritos descarta queda acidental e encontra 23 lesões no corpo do menino.

 

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