Henry tremia e vomitava ao ver Dr. Jairinho, relatou mãe a pediatra

A troca de mensagens foi recuperada no celular da professora pela Polícia Civil e consta no inquérito que apura a morte do menino

Seis dias após ser informada pela babá de que Henry Borel levava rasteiras e chutes de seu namorado, Dr. Jairinho, a mãe do menino, Monique Medeiros, relatou a uma prima pediatra que o filho sentia “medo excessivo de tudo”. Ela ainda disse que quando Henry via o vereador, chegava a “vomitar e tremer”, segundo material divulgado pelo jornal O Globo.

A troca de mensagens foi recuperada no celular da professora pela Polícia Civil e consta no inquérito que apura a morte do menino. Monique e Jairinho foram presos na última semana e são suspeitos da morte de Henry. Na tarde de 12 de fevereiro, a babá de Henry, Thayná de Oliveira Ferreira, alerta sobre agressões no apartamento da família, no condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra.

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Conforme o Fantástico, da TV Globo, revelou no domingo, no dia seguinte às agressões relatadas pela babá, Monique e Jairinho procuraram um hospital particular, em Bangu. Na unidade, relataram que a criança estava mancando e com dores, pois tinha “caído da cama”. Porém, uma radiografia não mostrou dano à estrutura óssea.

No depoimento à Polícia, Monique também alegou que o filho poderia ter caído da cama pouco antes de ser levado sem vida para um hospital na Barra. A defesa do casal diz que, em fevereiro, Henry relatou uma dor no joelho e que Monique o levou ao hospital.

"Medo excessivo de tudo"

 

Às 16h53min do dia 18 de fevereiro, a professora então escreveu para a pediatra: “Henry está com medo excessivo de tudo, tem um medo intenso de perder os avós, está tendo um sofrimento significativo e prejuízos importantes nas relações sociais, influenciando no rendimento escolar e na dinâmica familiar. Disse até que queria que eu fosse pro céu pra morar com meus pais, em Bangu. Quando vê o Jairinho ele chega a vomitar e tremer”.

Ainda de acordo com Monique, Henry estava se recusando a ficar sozinho e tinha muitos pesadelos. “Nunca dormiu sozinho, mas antes ficava no quarto esperando irmos ao banheiro ou levar um lanche, agora se recusa a ficar sozinho, não tem apetite, está sempre prostrado, olhando para baixo, noites inquietas com muitos pesadelos e acordando o tempo inteiro. Chora o dia todo”.

A mãe avisa que começou um tratamento com psicóloga para o filho e pede orientações à pediatra sobre a frequência das sessões e a necessidade de procurar outros profissionais de saúde. "Você acha que preciso procurar um neuro [neurologista], um psiquiatra, fazer mais sessões por semana? Tem sido muito sofrido pra todos nós", continua Monique.

Em resposta, a prima desaconselha buscar neurologista ou psiquiatra e orienta Monique a levar Henry a duas sessões de terapia por semana. "Infelizmente, isso é comum", diz a pediatra.

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