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"É uma monstruosidade", diz filha de João Alberto no enterro do pai que foi assassinado no Carrefour

A morte gerou indignação País afora e uma onda de protestos nas unidades do Carrefour, nesta última sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra
18:28 | Nov. 21, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

O velório de João Alberto Silveira Freitas, 40, homem negro espancado até a morte por seguranças do Carrefour em Porto Alegre, foi marcado por indignação e emoção de familiares e amigos neste sábado, 21. A filha mais velha de João, Thais Freitas, 22, classificou o episódio como uma "monstruosidade" e pediu por justiça e mais atenção para o caso, o qual ela classificou como um episódio de racismo.

"Parecia que estavam jogando um pedaço de carne no chão. Mesmo que ele estivesse errado, nada justifica esse tratamento. Espero que a justiça seja feita. Não é justo que, daqui a seis meses, eles (dois seguranças) estejam na rua novamente. A morte dele é para chamar atenção, só quem não tem coração não vai dar bola para isso", afirmou Thais em entrevista ao Estadão durante o enterro, que ocorreu na manhã deste sábado em Porto Alegre.

Outra filha, Taís Amaral Freitas, falou à reportagem da RBS TV que é agradecido pelo apoio que a família vem recebendo. "A gente até se sente confortável por isso, mas mesmo assim, não traz a vida de volta. Não tem muito o que falar, depois de ver aquelas imagens, horrível", conta. A família soube do assassinato na madrugada da sexta-feira, 20, após começarem a receber imagens da agressão.

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"Aquele vídeo é uma monstruosidade, ele poderia ter sido imobilizado e esperar a polícia chegar. O serviço deles não é matar", relata Thais Freitas. A filha de João Alberto afirma também já ter sido vítima de racismo e espera que o caso de seu pai não passe impune e que cause reflexão nas pessoas.

A morte gerou indignação País afora e gerou uma onda de protestos nas unidades do Carrefour, nesta última sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra. Lojas do supermercado em São Paulo foram invadidas e chegaram a registrar princípio de incêndio por manifestantes.

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