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Médicos que deram assistência ao aborto de menina estuprada participam de live; assista

Debate é promovido pelo Coletivo Rebento e realizado com o tema "Direitos reprodutivos no Brasil: lutar por nenhum passo atrás"

Três médicos que atuaram diretamente na assistência do aborto da menina de 10 anos violentada pelo tio participam de live na noite desta segunda-feira, 24, para debater direitos reprodutivos no Brasil. A iniciativa é promovida pelo Coletivo Rebento e será realizado com o tema “Direitos reprodutivos no Brasil: lutar por nenhum passo atrás”. O POVO retransmite a live. Assista, abaixo, ao vivo:

 

O evento virtual recebe os ginecologistas e obstetras Melânia Amorim, Helena Paro e Olímpio Barbosa. Os profissionais atuaram ativamente no procedimento que interrompeu a gravidez de 22 semanas da menina de 10 anos, em 16 de agosto, no Recife (PE). A gestação era fruto de estupro praticado pelo tio da criança, preso na última terça-feira, 18

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O debate será mediado pelas médicas Liduína Rocha e Aline Veras e pode ser assistido também de forma gratuita pelo canal do YouTube do Coletivo Rebento.

Entenda o caso

A garota de dez anos que passou por um aborto em 16 de agosto, em Recife (PE), só conseguiu interromper a gestação de 22 semanas com autorização da Justiça. Isso porque a Constituição Brasileira qualifica a prática de abortamento como crime, mas assegura que ela seja realizada em casos específicos de violência e de riscos à saúde da gestante.

O caso de violência sexual sofrido pela garota só foi descoberto quando a vítima se queixou de dor abdominal e deu entrada no Hospital Roberto Silvares, no Espírito Santo, região onde reside com a família. Após o exame para gravidez ter dado positivo, ela acabou revelando aos médicos que sofria abusos sexuais e ameaças do tio, fazendo com que o agressor fugisse.

O consentimento judicial para o aborto foi dado por Antonio Moreira Fernandes, juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade de São Mateus. O magistrado analisou o caso da garota e determinou que a vítima fosse submetida ao procedimento de melhor viabilidade e de forma imediata para que sua vida fosse preservada.

Ainda que autorizado, médicos de uma unidade hospitalar do Espírito Santo se recusaram a realizar o procedimento por alegarem que o feto já estava com cincos meses. Dessa maneira, a vítima precisou ser transferida em sigilo para Recife, onde foi acolhida pelo Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e teve o procedimento realizado com sucesso.

Serviço

Debate “Direitos reprodutivos no Brasil: lutar por nenhum passo atrás”

Data:
24 de agosto
Horário: 20h
Onde assistir: canal no YouTube do Coletivo Rebento
Gratuito.

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