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Ministério da Saúde confirma primeiro caso de coronavírus no Brasil

Ao todo, 59 casos suspeitos foram descartados após exames laboratoriais apresentarem resultados negativos para o novo coronavírus; Informações foram divulgadas em coletiva na manhã desta quarta-feira, 26

Atualizada às 12h48min

Após suspeitas, o primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado pelo Ministério da Saúde na tarde desta quarta-feira, 26. O brasileiro de 61 anos esteve em viagem a trabalho na Itália entre os dias 9 ao dia 21 de fevereiro, e voltou ao País na última sexta-feira, 21, com sintomas gripais como febre, coriza e tosse.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que o homem decidiu procurar ajuda médica após uma reunião com cerca de 30 familiares. Apesar do alto índice de contato, o Ministério ressaltou que o monitoramento dos familiares será feito e pode não estar necessariamente ligados a confirmações da doença. 

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Segundo o ministro, o grau de letalidade do vírus na América Latina está sendo estudado pela instituição e o supervisão será constante. O paciente deve permanecer em casa em isolamento respiratório por 14 dias, acompanhado de médicos e outros profissionais. "Agora é que vamos ver como este vírus vai se comportar em uma situação de um país tropical", comentou o ministro.

O resultado do primeiro teste do brasileiro foi positivo para o vírus, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Segundo a instituição, o paciente foi atendido na segunda feira, 24, e a Vigilância Epidemiológica estadual notificada na terça-feira, 25. O resultado do teste de contraprova já havia sido confirmado anteriormente pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

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Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já solicitou à companhia aérea a lista de passageiros que estavam no mesmo voo do passageiro e aumentou a criticidade no monitoramento de voos internacionais de países provenientes onde há casos confirmados de coronavírus. O período em que o homem esteve na Itália a trabalho, do dia 9 ao dia 21 de fevereiro, coincide com a explosão de casos no país europeu. Na região, 11 mortes já foram confirmadas até então.

Segundo Mandetta, orientações de bloqueio total em aeroportos não tem eficácia comprovada e reforçou que, em caso de viagens aos países suspeitos, o informe as unidades de saúde deve ser imediatamente feito. Os passageiros do avião onde esteve o paciente serão contactados e devidamente orientados pela Anvisa. O ministro também ressaltou que ainda não há medicamentos comprovados que curem a doença e o tratamento funciona por meio de métodos paliativos. 

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Para evitar contaminação, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão e utilizar o lenço descartável para higiene nasal. Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo, além de evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas podem ajudar na prevenção da doença.

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Com a confirmação do primeiro caso, o órgão continua acompanhando outras 20 suspeitas, como informado pelo secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. Os casos suspeitos estão distribuídos entre os estados de Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina.

55% dos casos suspeitos são de mulheres na média dos 40 anos de idade. Doze suspeitos viajaram para a Itália. O caso no Brasil é o primeiro confirmado em países da América Latina. Desde o início do monitoramento, 59 suspeitas brasileiras do COVID-2019 foram descartadas.

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