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Após polêmica com HQ, Prefeitura de BH quer sediar próxima Bienal: "Aqui não se prende livro"

A informação foi divulgada por meio de uma postagem no Twitter do Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira
20:57 | Set. 08, 2019
Autor David Moura
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Tipo Notícia

Diante da polêmica envolvendo a 19° Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, colocou a capital mineira à disposição para receber o evento na sua próxima edição, prevista para 2021. É o que informou por meio de uma postagem no Twitter do Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, na noite de ontem, 7 .

“Acabo de conversar com o Prefeito Alexandre Kalil: Belo Horizonte está se oferecendo para sediar a próxima Bienal do Livro. Aqui não se prende livro nem se cultua a ignorância”, informou o secretário. Logo após postou também a frase #CensuraNuncaMais.

A medida é uma reação à tentativa de censura à Bienal do Rio, por parte do prefeito da capital carioca, Marcelo Crivella. Na última quinta-feira, 5, ele determinou o recolhimento de exemplares da publicação “Vingadores, a cruzada das crianças”. O livro traz a ilustração de dois personagens do sexo masculino se beijando.

Após um intenso impasse judicial, que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde de hoje, 8, o presidente da Corte Suprema, ministro Dias Toffoli, derrubou a decisão do TJ-RJ que permitia o confisco de obras com temática LGBT que não estivessem lacradas.

Protestos contra censura

Gritos contra a censura, bandeiras com o símbolo do arco-íris e até um beijaço marcaram as manifestações. “Não vai ter censura” e “Fora Crivella”, foram alguns dos gritos ecoados pelo público que percorria entre os estandes.

A Constituição Federal também foi lembrada. Ainda abordando a censura foi destacado o artigo 5° que determina a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação.

O youtuber Felipe Neto publicou em seu Twitter as manifestações pelo público no local. Ontem, 7, ele distribuiu gratuitamente cerca de 14 mil livros com temática LGBT durante a Bienal.

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