Enquanto Camilo define secretários, deputados aguardam definição da Mesa
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Enquanto Camilo define secretários, deputados aguardam definição da Mesa

2018-12-31 01:30:00
 

A sucessão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) só deverá ser definida após o anúncio do novo secretariado de Camilo Santana (PT). Ao menos essa é a expectativa de deputados estaduais, que esperam que no próximo dia 2 de janeiro, um dia após a posse do governador, ele se reúna com a base para discutir o assunto.

 

Por enquanto, dizem aliados do petista, Camilo estaria mais focado na escolha de quem vai compor o primeiro escalão do governo. As duas questões, porém, andam juntas: há quem acredite que parte do imbróglio envolvendo o novo presidente da Assembleia será resolvido na definição dos secretários.

 

"Eu acredito que até o dia 2 isso deve estar resolvido, pelos rumores que estamos ouvindo e sinais de conversações sobre o secretariado. O governo deve marcar uma reunião conosco no dia 2", afirmou o deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT). A reunião não é certa, mas outros aliados de Camilo também apostam nisso. Para o também deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB), "a preocupação do governo é mesmo definir o primeiro escalão".

 

Há três nomes mais fortes para a disputa para a presidência da Casa. São eles o do atual presidente Zezinho Albuquerque, o do primeiro vice-presidente Tin Gomes e o do líder do governo Evandro Leitão, todos os três do PDT.

 

Nos bastidores fala-se também em José Sarto (PDT). A candidatura dele tinha enfraquecido após o vereador Antônio Henrique (PDT), seu aliado próximo, ser eleito para a presidência da Câmara Municipal de Fortaleza, mas agora estaria ganhando novo fôlego. A reportagem tentou entrar em contato com ele, mas as ligações não foram atendidas.

 

Os dois mais empenhados na disputa são Zezinho, que já está no seu terceiro mandato na posição, e Tin, que tem feito ligações para os deputados. Fala-se que Zezinho pode desistir da candidatura, caso receba uma "compensação" na formação do secretariado, isto é, se ele ou seu filho, o deputado federal eleito Antônio José Albuquerque (PP), forem nomeados para um cargo.

 

Caso isso seja confirmado até amanhã, o nome de Tin e, sobretudo, de Evandro, se fortalecem. Evandro, aliás, procurado pelo O POVO, disse que não está acompanhando o caso. "Eu sou um político de grupo, (serei) o que for melhor para o meu grupo", afirmou ao ser lembrado de que é um dos nomes colocados. O deputado já teria sinalizado, em conversas com colegas da Assembleia, que não tem interesse em continuar na liderança de Camilo.

 

O único consenso é de que o presidente deverá ser um deputado do PDT, maior partido da Casa, e de que haverá só um nome, para evitar rachas.

 

Letícia Alves

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