Cerimonial realiza primeiro ensaio da posse de Jair Bolsonaro
O icônico Rolls Royce, veículo tradicionalmente utilizado no percurso pela Esplanada dos Ministérios, foi usado na simulação. Dois figurantes fizeram o papel do presidente eleito e da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, no entanto, afirmou não haver ainda uma decisão se Bolsonaro desfilará no carro aberto. Ele acompanhou o treinamento no local.
O cortejo presidencial saiu da Catedral Metropolitana de Brasília por volta das 14h30, mesmo horário em que o evento oficial está marcado para começar.
Ele seguiu pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde Bolsonaro fará seu discurso oficial.
Ali, os figurantes permaneceram por cerca de 45 minutos, tempo estimado para a permanência também de Bolsonaro. O cortejo seguiu então para o Palácio do Planalto, onde Bolsonaro receberá a faixa presidencial das mãos de Michel Temer.
Os dois figurantes chegaram sorridentes e acenando para as poucas pessoas que acompanhavam, curiosas, o ensaio. Eles subiram a rampa, ladeada pelos Dragões da Independência, que hoje vestiam apenas um uniforme militar e não o de gala.
Depois, os dois figurantes se dirigiram ao parlatório, onde Bolsonaro receberá a faixa presidencial e fará um breve pronunciamento. Mais dois figurantes se juntaram a eles, representando o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, e a mulher, Paula Mourão. A secretaria de imprensa do Planalto informou que os figurantes fazem parte do GSI, mas não informou quem eram.
Durante a simulação, um grupo de três ciclistas passou em frente ao Planalto gritando "Lula Livre". A circulação de automóveis pela região foi bloqueada, mas pedestres e ciclistas não eram barrados.
Também ontem, o futuro chanceler, Ernesto Araújo, afirmou que nenhum integrante do governo da Nicarágua participará da posse de Jair Bolsonaro. Por meio de sua conta no Twitter, Araújo disse que a posse do futuro mandatário "marcará o início de um governo com postura firme e clara na defesa da liberdade".
Este é o terceiro país vetado de ter representantes na posse. Na semana passada, Bolsonaro afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não seriam convidados para o evento por "serem ditadores". A pedido da equipe de Bolsonaro, o Itamaraty teve que enviar comunicados aos governos dos dois países os desconvidando de participar da cerimônia de posse. Inicialmente, a diplomacia brasileira havia convidado todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, razão pela qual o convite foi feito.
(AE)